Educação: 5400 assinaturas pela alteração das regras de financiamento ao sector privado

Documento é entregue ao presidente da Assembleia da República

Lisboa, 17 Fev (Ecclesia) – Mais de cinco mil pessoas subscreveram uma petição que pede a revogação ou alteração do Decreto-Lei que alterou as regras de financiamento das escolas privadas ao abrigo de contratos de associação com o Estado.

O documento é hoje entregue ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, às 12h30, pelos responsáveis do movimento «SOS Educação», que congrega pais e encarregados de educação de estabelecimentos de ensino particulares e cooperativos.

A petição defende a “revogação/alteração do decreto-lei 138C/2010” e “a constituição de um grupo de trabalho que, atendendo aos princípios da qualidade, liberdade e equidade na organização do serviço público de educação, prepare o novo enquadramento jurídico das escolas com contrato de associação”.

“Muitas escolas com contrato de associação são exemplos no que respeita à conciliação de dois princípios fundamentais: a liberdade de ensinar e aprender e a igualdade de oportunidades”, pode ler-se.

O Decreto-Lei 138-C/2010, de 28 de Dezembro, define o enquadramento legal de financiamento das escolas privadas ao abrigo de “contratos de associação”, estabelecendo o princípio do subsídio por turma e criando condições para a avaliação e eventual revisão dessa rede de escolas, por parte do Ministério da Educação.

O Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo (EPC, Decreto-Lei n.º 553/80, de 21 de Novembro) prevê a celebração de contratos de financiamento com escolas privadas que se localizem em zonas carecidas de escolas públicas, com vista a garantir, naqueles territórios, o acesso de todos à educação nas mesmas condições de gratuitidade do ensino público.

No último dia 9, o Governo e a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) chegaram a acordo quanto ao financiamento e renovação dos contratos de associação entre o Estado e aquelas escolas.

Segundo o protocolo, 107 turmas vão deixar de receber verbas estatais no início do próximo ano lectivo (2011/2012), medida que se estende a mais 107 em 2013/14.

Entretanto, continuam os boicotes de saída das aulas por parte de estudantes do ensino particular e cooperativo, que hoje vão decorrer no Colégio Calvão, em Aveiro, e o Colégio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha.

OC

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