Jornada foi instituída pela UNESCO no dia da morte de Mahatma Gandhi
Lisboa, 30 jan 2025 (Ecclesia) – A UNESCO instituiu o dia 30 de janeiro, dia da morte do pacifista indiano Mahatma Gandhi, como o Dia Escolar da Não Violência e da Paz.
Para o coordenador do projeto ‘Living Peace’, que tem no Dia Escolar da Não Violência e da Paz o “momento alto do projeto”, que lembra a lembra a “importância do compromisso contínuo por um mundo melhor, mais justo e pacífico”.
“À semelhança dos anos anteriores, este é o momento alto do projeto ‘Living Peace’, um projeto de educação para a paz. O dia 30 de janeiro, para nós, é uma oportunidade extraordinária para refletir sobre a importância da paz e da não-violência”, referiu José Manuel Gonçalves em entrevista ao programa ECCLESIA, transmitida hoje na RTP2.
Em todo o país, as escolas criam espaço para celebrar este dia, com este ano a ter todos os estabelecimentos de ensino do arquipélago da Madeira a associar-se a esta celebração.
“A Madeira é conhecida pela ‘ilha das flores’. No dia 30 vai ser a ‘ilha do branco’”, afirmou José Manuel Gonçalves.
O projeto ‘Living Peace’ baseia-se no lançamento do Dado da paz em cujas faces não existem números, mas sim frases que ajudam a construir relacionamentos de paz entre todos.
“Neste momento, nós temos 94 versões do dado da paz em todo o mundo”, indica o responsável.
Este ano, existe também o Dado “Peregrinos da Esperança”, tema do Jubileu 2025, que foi feito em Itália e já está traduzido em português, com as faces a apresentarem uma frase em consonância com o lema do Ano Santo.
José Manuel Gonçalves explica que o projeto ‘Living Peace’ vai abrangendo cada vez mais escolas, instituições, centros de dias, realçando que este “é um projeto inclusivo, como não podia deixar de ser”.
“Também temos muitas escolas onde a inclusão é uma prática constante e através destas versões dos dados, porque o ‘Living Peace’, o seu principal, é o dado da paz, o dado do amor, e é o Time Out, que é a hora da reflexão pela paz no mundo”, referiu.
O coordenador nacional do projeto destaca que “as escolas hoje mais do que nunca são multiculturais”, considerando que o dia 30 de janeiro é um dia especial para se conhecerem as diferenças
“Nós, ‘Living Peace’, temos esta proliferação em parcerias com vários países e em todos os países em que estamos, estamos sempre a acolher outras culturas, outras línguas, outras raças”, desenvolveu.
O responsável adianta que neste momento está a decorrer no país a Escola de Embaixadores da Paz, onde estão inscritos 50 jovens, entre eles 13 da Guiné-Bissau e 17 de São Tomé e Príncipe.
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