Lisboa, 25 jan 2016 (Ecclesia) – Centenas de pessoas rezaram este sábado pelos “cristãos perseguidos” e pelo “drama destas pessoas”, no Largo de São Domingos, em Lisboa, numa jornada de oração pela paz.
Convocada pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), esta iniciativa aconteceu na semana de oração pela unidade dos cristãos e pretendeu pedir a “Deus e Sua mãe, o dom da paz tão necessária nos tempos atuais”, disse à Agência ECCLESIA Félix Lungu.
Num mundo “cheio de guerras e violência” a paz é essencial, “basta ver o problema dos refugiados” que procuram outras paragens, alertou o membro da AIS.
A fé cristã “nasce do sofrimento da cruz”, mas é “um grande mistério, a perseguição aos cristãos”, confessou.
Em determinados países do globo, os cristãos “correm o perigo de desaparecer” e de deixaram de viver nos locais “onde o cristianismo nasceu”, referiu anda Félix Lungu.
Esta jornada é uma “manifestação pública” onde se mostra “que os cristãos são pessoas de bem e de paz” e que procuram soluções.
A paz é “dom de Deus”, mas também “uma tarefa humana e um processo que nunca está acabado”, sublinhou.
“Despertar a atenção da cidade e das pessoas que passam” para esta problemática foi um dos objetivos desta jornada de oração, afirmou por sua vez Paulo Aido, elemento da AIS.
De noite, na igreja nova de Almada (Diocese de Setúbal), “praticamente repleta” realizou-se um concerto pela Irmã Kelly Patrícia, do Instituto Hesed, de Fortaleza, Brasil.
No final, Catarina Martins, diretora da Fundação AIS, sublinhou que é essencial “o apoio de todos”, para que os cristãos vítimas de perseguição possam ser apoiados nestes tempos de tanto sofrimento, recordando os que se viram forçados a fugir de suas casas, “que perderam familiares e amigos”, e que vivem agora “confinados a campos de refugiados” depois de terem sido espoliados de tudo o que possuíam.
Catarina Martins recordou que a Fundação AIS tem estado profundamente empenhada no apoio às populações locais, através das estruturas da Igreja, estando neste momento em estudo, na Síria, o “lançamento de mais 20 programas de emergência para serem lançados nos próximos meses”, projetos que permitem fazer chegar às populações locais, acrescentou, “tudo aquilo que permite a sobrevivência destas pessoas, como alimentos, medicamentos, roupas e combustível para o aquecimento”.
LFS/AIS