Simbolismo da cidade de Berlim marcou primeira meditação no Encontro Europeu de Jovens
Berlim, 29 dez 2011 (Ecclesia) – O prior da comunidade ecuménica de Taizé convidou os jovens da Europa a “derrubar” os muros que existem “entre povos e continentes”, bem como no seu próprio “coração”.
“Berlim tornou-se um símbolo para todos os que, através do mundo, procuram ultrapassar os muros da separação e avançar na direção da confiança”, disse o irmão Alois, de nacionalidade alemã, aos participantes do 34.º Encontro Europeu promovido pela comunidade ecuménica de Taizé, este ano dedicado ao tema da solidariedade e que decorre, pela primeira vez na capital da Alemanha.
Após agradecer a todos os que acolhem os jovens e a organização do evento, o prior de Taizé destacou que Berlim “é uma cidade marcada pelas maiores diversidades”, voltada para o futuro, mas que procura também “integrar a memória de um passado doloroso”.
Nesse contexto, cada um dos pavilhões de oração tem um desenho de Maria com o menino Jesus, feito durante a II Guerra Mundial por um soldado alemão que estava em Estalinegrado, na Rússia.
“Escolher a confiança não significa fechar os olhos ao mal. A confiança não é ingénua ou fácil; é um risco”, disse o irmão Alois.
Para este responsável, “a felicidade não se encontra no ‘cada um por si’; a felicidade encontra-se ao termos em conta a solidariedade entre os homens”.
“Numa época em que muitos se perguntam ‘qual é verdadeiramente o sentido da minha vida?’, nós, os irmãos da nossa comunidade, gostaríamos de dizer claramente: encontra-se na solidariedade com os outros, vivida em atos concretos”, prosseguiu.
O prior de Taizé quis deixar um agradecimento especial aos que decidiram acolher jovens, mesmo sem pertencerem a qualquer Igreja: “A hospitalidade é um dos maiores contributos para construir a paz”.
Para as tardes de hoje e de sexta-feira, o programa do Encontro Europeu propõe uma lista workshops com cerca de quinze temas, à escolha, incluindo uma apresentação da vida e a visão do irmão Roger, fundador de Taizé (1915-2005).
Entre as iniciativas prevê-se ainda um encontro com deputados do Parlamento Federal alemão, dedicado ao tema ‘Por um mundo mais justo: a política e a nossa responsabilidade como cidadãos’.
Os jovens, que realizam uma vigília pela paz à meia noite de 31 de dezembro e uma “festa dos povos” às primeiras horas do novo ano, são convidados a levar medicamentos e material médico de primeira necessidade, a serem entregues pelos monges a populações pobres da Coreia do Norte, prosseguindo a ajuda prestada pela comunidade ecuménica desde 1998.
OC