Encontro Europeu de Jovens, na Polónia, marcado por apelos à fraternidade, projetando 2020
Wroclaw, Polónia, 30 dez 2019 (Ecclesia) – O prior da Comunidade de Taizé desafiou os jovens participantes no Encontro Europeu que reúne participantes de várias confissões cristãs, na cidade polaca de Wroclaw, a acompanhar os estrangeiros, marginalizados e vítimas da pobreza.
“Alguns vivem como estrangeiros nesta terra, não porque venham de longe, mas porque são marginalizados. Pode tratar-se de um sofrimento ligado à solidão ou ao abandono, à violência, ou ainda à doença, à precaridade ou ao desemprego… Certas pobrezas saltam aos olhos. Outras, porém, são pobrezas menos visíveis”, advertiu o irmão Alois, na meditação que apresentou na última noite, perante milhares de jovens, incluindo 150 portugueses.
O responsável pela comunidade ecuménica sediada na França assinalou que a sociedade atual vive uma falta de “sentido da existência”, em que muitos se sentem “estrangeiros na terra”.
“A atenção humana com os outros, a fraternidade, são dos valores mais importantes”, apontou, evocando o exemplo de Jesus, que “foi ter com os doentes, os excluídos, os estrangeiros”.
“Em todos os nossos países, somos levados a receber aqueles que vêm de foram, por vezes de muito longe. Isso incomoda-nos e pode deixar-nos inseguros. Ao mesmo tempo, pode enriquecer-nos enormemente”, sublinhou.
O irmão Alois deu a conhecer as suas propostas para o ano de 2020, com o título ‘Sempre a caminho, mas nunca desenraizados’, desejando que todos tenham “a coragem de ir ao encontro dos outros”.
“Quando o Muro de Berlim caiu, o entusiasmo de uma liberdade reencontrada marcou todos os espíritos. Desde então, o mundo mudou: tenho grande confiança de que a geração mais jovem abrirá no nosso tempo outros caminhos de liberdade e de justiça”, escreve o prior de Taizé.
OC