Ecumenismo: Papa realça «compromisso comum» pela «justiça» a delegação Luterana da Finlândia

Francisco salientou o «serviço de caridade e um testemunho de fé comum» a exercer

Foto Vatican Media; Papa Francisco e delegação Igreja Luterana da Finlândia

Cidade do Vaticano, 19 jan 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco destacou hoje o “compromisso comum para uma maior justiça” a uma delegação da Igreja Luterana da Finlândia que recebeu pela festa de Santo Henrique, patrono do país, na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.

“Num mundo marcado pelas guerras, ódios, nacionalismos e divisões, a oração e o compromisso comum para uma maior justiça não são adiáveis. São omissões que não podemos nos permitir”, afirmou o Papa, esta manhã, na audiência no Vaticano.

A 52.ª Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que começou esta sexta-feira no hemisfério norte e termina no próximo dia 25, tem como tema «Procurarás a justiça, nada além da justiça», do livro do Deuteronómio, numa proposta elaborada pelas confissões cristãs presentes na Indonésia.

“A frase é no plural e recorda que não se pode agir individualmente pela justiça. A justiça para todos deve ser pedida e procurada em conjunto”, explicou Francisco.

Na audiência à delegação luterana da Finlândia, o Papa assinalou o “serviço de caridade e um testemunho de fé comum” que deve ser exercido e que “são fundamentados no Batismo, no nosso ser cristãos”.

Francisco salientou que o ecumenismo “é uma exigência da fé” que professam, um “requisito” que nasce da própria identidade de discípulos de Jesus.

Neste contexto, disse que o ecumenismo é “um caminho irreversível” como foi sublinhado por vários Papas desde o Concílio Vaticano II.

“Quando rezamos juntos, quando anunciamos o Evangelho e servimos os pobres e os necessitados, reencontramo-nos no caminho e o próprio caminho progride para a meta da visível unidade”, desenvolveu o Papa argentino.

O encontro com a delegação da Igreja Luterana da Finlândia realizou-se pela festa de Santo Henrique que é uma “testemunha comum” que “precedem no caminho”, por isso, “a Tradição não é um dilema, mas um dom”.

“A Tradição não é algo que podemos nos apropriar para nos distinguirmos, mas algo que nos foi confiado para enriquecermo-nos reciprocamente”, realçou Francisco, divulga o sítio online ‘Vatican News’.

CB

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Agência ECCLESIA

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