Ecumenismo: Papa encerra semana de oração com apelo à «reconciliação»

Celebração na Basílica de São Paulo contou com representantes de várias Igrejas cristãs presentes em Roma

Roma, 25 jan 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco presidiu hoje em Roma a uma celebração ecuménica no final da 50ª semana de oração pela unidade dos cristãos, convidando as Igrejas a promover uma verdadeira “reconciliação” após séculos de separação.

“Poderá realizar-se uma autêntica reconciliação entre os cristãos, quando soubermos reconhecer os dons uns dos outros e formos capazes, com humildade e docilidade, de aprender uns dos outros”, disse, na homilia da cerimónia de oração que decorreu na Basílica de São Paulo fora de muros.

Perante representantes das várias comunidades cristãs presentes em Roma, o Papa rezou para que Deus conceda a todos “o bem da plena comunhão visível”.

“Prossigamos o nosso caminho de reconciliação e diálogo, encorajados pelo testemunho heroico de tantos irmãos e irmãs, de ontem e de hoje, unidos no sofrimento pelo nome de Jesus”, apelou.

Francisco desafiou os fiéis das várias Igrejas a rezar, “amar e servir juntos, sobretudo quem é mais pobre e negligenciado”.

A intervenção falou na necessidade de “embaixadores de reconciliação”, no diálogo ecuménico, dispostos a dar a sua vida por um “futuro novo”, no qual seja possível “superar as divisões e os crentes”.

“Olhar para trás é útil e muito necessário para purificar a memória, mas fixar-se no passado, delongando-se a lembrar as injustiças sofridas e cometidas e julgando com parâmetros apenas humanos, pode paralisar e impedir de viver o presente”, sustentou.

O Papa evocou o quinto centenário da Reforma Protestante, acontecimento que dividiu os cristãos, mas que hoje católicos e luteranos podem recordar num clima de “mútuo conhecimento e de diálogo ecuménico”.

No início da celebração, Francisco desceu até junto do túmulo do Apóstolo São Paulo, martirizado em Roma entre os anos 65 e 67 e sepultado na basílica papal que lhe é dedicada na capital italiana.

O Papa foi acompanhado pelo metropolita Genádio, representante do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), e David Moxon, representante pessoal em Roma do Arcebispo de Cantuária (Igreja Anglicana).

OC

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Agência ECCLESIA

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