Cidade do Vaticano, 24 nov 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco condenou hoje as “violências brutais” cometidas por fundamentalistas e evocou o sofrimento das comunidades cristãs no Oriente, durante um encontro ecuménico no Vaticano.
Falando perante os membros da Comissão Mista para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Assíria do Oriente, guiados pelo metropolita Meelis Zaia, a intervenção sublinhou que esta comunidade, “juntamente com outras Igrejas e tantos irmãos e irmãs da região, sofre perseguições e é testemunha de violências brutais perpetradas em nome de extremismos fundamentalistas”.
“Fazendo o sinal da cruz, recordamos as chagas de Cristo, aquelas chagas que a ressurreição não apagou, mas encheu de luz. Assim, também as feridas dos cristãos, também aquelas abertas, quando são atravessadas pela presença viva de Jesus e de seu amor, tornam-se luminosas, tornam-se sinais de luz pascal num mundo envolvido por tantas trevas”, acrescentou.
Francisco recordou também “o violento terramoto” que atingiu recentemente o Iraque, terra de origem da Igreja Assíria do Oriente, e o Irão, onde estas comunidades se encontram, há séculos, bem como na Síria, no Líbano e na Índia.
O Papa sublinhou depois a importância da Declaração Cristológica de 1994, assinada entre a Igreja Católica e a Igreja Assíria do Oriente, deixando votos de que este percurso de diálogo possa levar à “alegria de celebrar no mesmo altar a plena comunhão na Igreja de Cristo”.
O pontífice concluiu com uma oração para que Deus possa “curar completamente as feridas do passado e de sanar as tantas feridas que no mundo de hoje se abrem pelos desastres das violências e das guerras”.
OC