O irmão David da Comunidade de Taizé reconhece que os tempos difíceis ajudam a descobrir o «mais importante» da vida
Lisboa, 16 jan 2015 (Ecclesia) – O irmão David considera a Comunidade de Taizé um laboratório ecuménico e que o “desejo da unidade” deve começar no interior das pessoas.
Na entrevista concedida ao Semanário Ecclesia desta quinta-feira, este português que vive há 20 anos naquela comunidade ecuménica do sul de França realça que o número de jovens portugueses que fazem a experiência de oração em Taizé “têm aumentado bastante” nos últimos anos.
Este aumento deve-se ao “passa-a-palavra, amigos que trazem outros”, mas também pelo facto de se viver em Portugal “tempos difíceis, onde muitos jovens não vêm um futuro claro, mas incertezas, desemprego, dificuldades económicas”, sublinhou
Os tempos difíceis “ajudam também a descobrir o que é mais importante” na vida de cada um.
Quando se aproxima a semana de oração pela unidade dos cristãos (18 a 25 de janeiro), o irmão David salienta que uma semana de oração e solidariedade entre jovens de diferentes religiões é uma oportunidade para dar atenção ao essencial da vida.
Não é só viver ao longo desta semana “uma atenção ao outro, uma oração para e como o outro, mas é uma chamada de atenção para essa atitude ser vivida ao longo de todo o ano”, acrescenta
O irmão David conheceu aquela comunidade ecuménica do sul de França com outros jovens da sua paróquia e foi lá várias vezes até que a certa altura sentiu “vontade de ficar um pouco mais” e “de parar um pouco” na sua vida, “ter um tempo de discernimento, de voluntariado e de não ir só por uma semana, mas ficar um pouco mais”, disse.
Em 2015, a Comunidade de Taizé celebra dois jubileus (75 anos da comunidade e 100 anos do nascimento do irmão Roger) que será comemorado com um olhar virado para o futuro.
HM/LFS