Ecumenismo no Hospital de S. João

Na Capela do Hospital de S. João, no Porto, realizou-se, dia 12 de Junho, uma celebração ecuménica, na qual foi criado o Departamento de Comunicação Ecuménica e Inter-Religiosa “e dentro deste Departamento o «Grupo de Contacto», constituído pela capelania e por ministros da Igreja Ortodoxa, da Igreja Lusitana, Igreja Metodista e da Igreja Baptista” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Nuno Ferreira, capelão do referido hospital. Uma iniciativa que surgiu pela “fidelidade à realidade que temos que servir” porque “um serviço religioso de um hospital, onde todos passam e todos se encontram, sentimos necessidade de ir ao encontro das várias opções”. E adianta: “este é um culminar de um primeiro passo que quer ir mais longe”. Em relação ao perigo de proselitismo no hospital, o Pe. Nuno Ferreira sublinha que “este só surgirá se houver espaço para tal” mas se existir “uma integração prévia” tal não acontecerá. Com a criação destes organismos “procuramos caminhar no ecumenismo, tanto de serviço aos doentes como da comunidade hospitalar”. Uma instituição feita no decorrer de um ritual ecuménico de Lava-Pés, durante o qual os bispos, padres e pastores das várias Igrejas se uniram simbolicamente para lavar e limpar os pés a três doentes internados no hospital. Um acto simbólico “porque o Lava-Pés no Evangelho de S. João recorda-nos a instituição da Eucaristia”. Como “infelizmente os cristãos não podem celebrar em conjunto a Eucaristia “, o Pe. Nuno Ferreira salienta “que podemos lavar os pés a quem precisa”. Uma actividade pioneira, que na opinião do capelão do Hospital de S. João, “extrapola o quadro legal” porque, pela lei, “o que temos de fazer é assistir os católicos”. Na homilia da celebração, proferida por D. Fernando da Luz Soares, Bispo da Igreja Lusitana, realçou-se que este passo é importante e significativo “para a caminhada ecuménica em Portugal”.

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