Os representantes das Conferências Episcopais, o Conselho Latino-americano de Igrejas e um grupo de peritos da Igreja Católica, das Igrejas Históricas e das Comunidades Pentecostais mostram-se preocupados com a actual situação do ecumenismo na América Latina e Caribe. “Graves obstáculos permanecem ainda, dificultando o caminho para a plena comunhão de fé”, considera D. Oneres Marchiori, presidente da Secção de Ecumenismo e de Diálogo Inter-religioso do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM). “Entre os sinais de preocupação, cabe destacar a indiferença e a não aceitação do diálogo, que se constata em muitos ambientes eclesiais. A intolerância e o fanatismo continuam frequentes; excessiva lentidão ou pressa e improvisação podem levar a propostas simplistas e inadequadas. Enfim, o não compreender outras expressões cristãs, induz assumir posturas intolerantes, hoje amplamente superadas entre as Confissões Cristãs”, acrescenta este responsável, comentando uma reunião que juntou representantes cristãos em Buenos Aires, no início deste mês. O prelado deixa, contudo, uma mensagem de esperança, afirmando que estas dificuldades, “apesar de produzirem perplexidade e escândalo entre os irmãos e afectarem o anúncio do Evangelho, convertem-se em fonte de estímulo e criatividade para prosseguir no diálogo”.
