Economia de Francisco: Encontro presencial em Assis vai juntar adolescentes e jovens num pacto de mudanças

Participantes da Síria, Vietname, Tailândia, Eslováquia e Brasil encontram-se com Papa entre os dias 22 e 24 de setembro

Lisboa, 22 ago 2022 (Ecclesia) – Jovens e adolescentes vão juntar-se entre os dias 22 a 24 de setembro, em Assis, Itália, para um encontro presencial da Economia de Francisco (EdF), estando prevista a presença de participantes da Síria, Vietname, Tailândia, Eslováquia e Brasil.

No final do encontro está prevista a assinatura de um pacto, entre os jovens e o Papa Francisco, “para uma nova economia”, confirma um comunicado da organização enviado hoje à Agência ECCLESIA.

“A comunidade, que nestes três anos não deixou de conhecer e trabalhar online, também é composto por cerca de 20 jovens adolescentes de diferentes países, onde se inclui Ralyn Satidtanasarn, uma jovem ativista da ecologia integral da Tailândia que luta contra o uso de plástico há vários anos”, apresenta ainda o comunicado.

O diretor científico da EdF afirmou o protagonismo dos jovens e adolescentes que ajudam os adultos a mudança de comportamentos.

“Nunca como nos últimos anos os mais jovens estiveram na vanguarda da demanda por uma mudança radical na economia e na sociedade, a mais radical que foi exigida nas últimas décadas. Greta Thunberg e as Sextas para a Geração do Futuro representaram a inovação mais importante do século XXI em termos de cultura ambiental e um novo modelo de desenvolvimento. Hoje esses adolescentes estão na fronteira da mudança no mundo, eles são professores, exercem um verdadeiro magistério para todos nós e estamos particularmente felizes que os adolescentes, a profecia de Francisco, estejam presentes e ativos na EF de maneira significativa”, destacou Luigino Bruni.

A jovem ativista de 14 anos, vinda da Tailândia, reconhece que os jovens são chamados a “enfrentar os erros dos adultos”.

“Mesmo adolescentes e crianças não podem mais ignorar o mundo ao seu redor. Fomos forçados a resolver problemas de adultos por medo de não ter um futuro limpo e sustentável. Os adultos devem deixar um mundo melhor para seus filhos e descendentes. Eles devem tomar ações concretas para resolver os problemas atuais, como mudanças climáticas, poluição e desigualdade, e não apenas falar sobre eles”, explicou numa entrevista ao gabinete de imprensa da EdF.

Sobre o encontro Ralyn Satidtanasarn salienta a importância de os jovens reconhecerem o impacto que têm sobre o clima e destaca os “ensinamentos” que o Papa tem transmitido no pontificado.

“Gostaria de agradecer ao Papa Francisco por consciencializar a todos sobre os problemas atuais do mundo e por apoiar fortemente jovens como eu a elevar as vozes para serem ouvidos por grandes pessoas, como ele, para que ajudem a fazer a diferença”, explicou.

O compromisso da jovem tailandesa, conhecida por Lilly, teve início quando era criança, “com oito anos”, quando começou a preocupar-se com o ambiente, afirmando a responsabilidade partilhada com a sustentabilidade.

“Embora eu tivesse apenas oito anos tentei fazer a coisa certa, reduzindo o plástico e dizendo aos meus colegas e familiares para estarem cientes de seu impacto no meio ambiente”, recorda.

A jovem conseguiu que, no início de 2020, os sacos de plásticos de uso único fossem proibidos em todo o país em mais de 70 grandes retalhistas: “Essa foi uma das minhas conquistas. Aprendi que as questões ambientais afetam a todos, por isso todos temos a responsabilidade de contribuir para a mudança”.

LS

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Agência ECCLESIA

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