Economia: Amor faz bem a Portugal

Congresso da ACEGE introduz conceito que «parece inoperacional» no mundo dos negócios

Lisboa, 31 mai 2012 (Ecclesia) – O presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) considera que o tecido económico e a sociedade portuguesa ficam a ganhar se o amor presidir às relações entre administradores, fornecedores, clientes e trabalhadores.

“Há uma evidência empírica de que o valor do amor é benéfico para as empresas”, sublinhou António Pinto Leite em entrevista ao programa ECCLESIA transmitida esta segunda-feira na RTP-2, acrescentando que “pessoas felizes fazem organizações produtivas e estas tornam as economias competitivas”.

A ACEGE organiza esta sexta-feira e sábado em Lisboa o seu 5.º congresso, dedicado ao tema “Amor ao próximo como critério de gestão”, mote que no entender do responsável traduz uma atitude baseada em critérios cristãos: “Tratarmos os outros como gostaríamos de ser tratados se estivéssemos no lugar deles”.

[[v,d,3160,]]A proposta é difícil de concretizar porque o ambiente empresarial é “muito árido, com muita deslealdade, vaidade e luta pelos poderes, e onde se sente uma obsessão enorme pela vantagem pessoal”.

Neste contexto “a palavra ‘amor’ misturada com negócios, empresas e economia gera muita confusão de sentimentos, parece inoperacional, ridícula e confessional”, assinala.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, e António Pinto Leite são os intervenientes da sessão de abertura do congresso, marcada para as 18h30 na Universidade Católica Portuguesa.

“Valor Económico do Amor “, “Amor como critério de gestão: mercado, comunidade e acionistas”, “Amor como critério de gestão: os Colaboradores” e “Amor ao Próximo: Um desafio pessoal” constituem os temas dos painéis que contam com a participação de gestores de conhecidas empresas de vários setores da vida económica.

O congresso, que assinala os 60 anos da ACEGE, resulta de um “amplo debate” realizado dentro da associação “em diversas conferências e no âmbito dos grupos Cristo na Empresa”, explicou Jorge Líbano Monteiro em texto publicado na mais recente edição do Semanário Agência ECCLESIA.

O tema “propõe um novo e improvável critério para a gestão, para transformar as empresas através de líderes empresariais que afirmem com clareza as suas origens e os valores que partilham”, sublinha o responsável da associação, acrescentando que o preceito “pretende tocar o coração e a humanidade dos empresários”.

O encontro termina às 17h45 de sábado com a missa presidida pelo assistente nacional da ACEGE, padre Mário Rui Leal Pedras.

RJM

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