Ecologia: Comissão Nacional Justiça e Paz associa-se a campanha de «desinvestimento» em combustíveis fósseis

Iniciativa do Movimento Católico Global pelo Clima

Lisboa, 19 abr 2018 (Ecclesia) – A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), de Portugal, associou-se hoje ao Movimento Católico Global na sua campanha de “desinvestimento” em empresas ligadas à exploração de combustíveis fósseis.

“Essa iniciativa de organismos católicos de vários países traduz-se na assunção do compromisso de recusa de colaboração em investimentos dessas empresas”, explica uma nota da CNJP, enviada à Agência ECCLESIA, por ocasião da celebração do Dia Mundial da Terra, no próximo dia 22 de abril.

A iniciativa do ‘Global Catholic Climate Movement’ visa responder aos apelos do Papa Francisco na sua encíclica «Laudato si’», “no sentido de uma conversão ecológica de cuidado com a casa comum, de solidariedade com as pessoas e povos mais pobres (os que mais sofrem com as alterações climáticas) e de solidariedade com as gerações futuras”.

O compromisso da CNJP pretende ser “um gesto de coerência moral” com esse propósito de conversão ecológica e um “sinal de testemunho profético” que alerta para a necessidade de “acelerar a transição para o uso de energias renováveis”, concluiu a nota.

No dia 4 de outubro de 2017, um grupo de 40 organizações católicas uniu-se contra a dependência de combustíveis fósseis, lançando uma mobilização mundial, promovendo a utilização de painéis solares e investimentos que respeitem o meio ambiente.

O tema tem sido uma das preocupações do atual pontificado, marcado por apelos em favor de um novo equilíbrio ecológico global, sobretudo com a Encíclica «Laudato si’».

Este texto, publicado a 18 de junho de 2015, propõe uma mudança de fundo na relação da humanidade com o meio ambiente, alertando para as consequências já visíveis do aquecimento global e das alterações climáticas.

“As mudanças climáticas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, económicas, distributivas e políticas, constituindo atualmente um dos principais desafios para a humanidade”, escreve Francisco, que assinou o primeiro documento do género inteiramente dedicado a questões ecológicas.

O documento contesta um modelo de desenvolvimento baseado no “uso intensivo de combustíveis fósseis”, que está no centro do sistema energético mundial.

O Papa defende ainda a necessidade de uma redução de gases com efeito de estufa, o que “requer honestidade, coragem e responsabilidade, sobretudo dos países mais poderosos e mais poluentes”.

OC

DESINVESTIMENTO EM COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS Nota da CNJP

 

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Agência ECCLESIA

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