Inquérito do Centro de Pesquisa Pew dá conta de uma matéria «altamente politizada» e que «divide» comunidade eclesial
Washington, 17 jun 2015 (Ecclesia) – Um inquérito efetuado pelo Centro de Pesquisa Pew, nos Estados Unidos da América, refere que “53 por cento dos católicos” daquele país dão “nota positiva” ao discurso ambiental do Papa Francisco.
Segundo o estudo, enviado à Agência ECCLESIA, “18 por cento” dos inquiridos consideram que o Papa argentino tem feito um “excelente trabalho” nesta área, enquanto outros “35 por cento” usam o adjetivo “bom” para classificar o seu desempenho.
Paralelamente a estas posições, o Centro de Pesquisa Pew apurou que 25 por cento dos católicos que reponderam ao questionário consideraram o trabalho de Francisco “apenas suficiente”, outros “4 por cento” optaram pela expressão “pobre” e “18 por cento não emitiu qualquer opinião”.
Os resultados deste projeto foram divulgados na véspera da publicação da nova encíclica do Papa Francisco, marcada para esta quinta-feira, e que tem como tema principal a Ecologia.
Sobre a questão do aquecimento global, o inquérito permitiu perceber que se trata de uma “uma questão altamente politizada” e que “divide os católicos americanos”.
“Sete em cada 10 católicos americanos acreditam que o planeta está a ficar mais quente”, no entanto essa percentagem difere quando a avaliação passa a ser feita entre democratas-católicos e católicos-republicanos.
Neste caso, “80 por cento dos democratas-católicos consideram o aquecimento global evidente”, sendo que esta posição é partilhada “apenas por metade dos católicos-republicanos”.
O estudo refere ainda que “enquanto 60 por cento dos democratas-católicos encara o aquecimento global como uma grande ameaça” para a humanidade, “apenas um quarto dos católicos-republicanos tem a mesma opinião”.
Quanto à população americana em geral, a preocupação pelo aquecimento global é partilhada por 86 por cento dos democratas e 45 por cento dos republicanos.
Este inquérito foi efetuado por telefone e telemóvel, entre 5 de maio e 7 de junho, junto de 5122 homens e mulheres radicados nos Estados Unidos da América, entre os quais 1016 pessoas que se identificaram como sendo católicas.
JCP