É preciso olhar a crise a partir das vítimas, diz D. António Marto

O Governo e a oposição devem procurar consensos sobre as questões fundamentais do país e é preciso “olhar a crise a partir das vítimas e não dos poderosos”, afirma o Bispo de Leiria-Fátima.

D. António Marto, em entrevista à Renascença, aponta o combate ao desemprego como a grande prioridade do país, porque “afecta as famílias”, a “dignidade do ser humano” e a “coesão social”.

Combate ao desemprego deve ser a grande prioridade em 2010, diz D. António Marto “Acho que a primeira prioridade seria olhar para este mundo e ir à raiz, e olhar sobretudo a crise a partir das vítimas da crise, que são os desocupados, os novos pobres, os excluídos. Olhar a crise a partir das vítimas e não dos poderosos, a quem normalmente não falta nada, esta devia ser a primeira preocupação de todos os responsáveis, não só do Governo, como também da oposição”, sustenta.

Nesse sentido, o Bispo de Leiria-Fátima apela a uma mudança no estilo de governar e de fazer oposição, para que haja diálogo e “consensos sobre as questões fundamentais do país”.

D. António Marto espera ainda que seja feito um esforço maior na área da Educação, nomeadamente entre o Ministério e os sindicatos sobre as matérias que estão em cima da mesa, como a carreira docente e a avaliação de professores.

Sobre a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo, critica as prioridades e o momento escolhido pelo Governo para legislar. “O casamento entre pessoas do mesmo sexo exigiria uma discussão, um empenho, um envolvimento de toda a sociedade a todos os níveis, porque mexe com a raiz da própria sociedade, mexe com a matriz cultural. É uma questão civilizacional que não pode ser resolvida com ligeira, leveza e à pressa”, afirma o Bispo de Leiria-Fátima.

Nesta entrevista à Renascença, D. António Marto diz esperar que os portugueses saibam acolher o Papa Bento XVI na visita a Portugal, em Maio próximo.

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