É preciso mudar, mas assim tenho a certeza que não!

Jorge Cardoso

Uma das maiores virtudes da educação é ajudar as pessoas a tomar consciência da realidade, da importância do seu papel e das suas consequências. Para que se possa dizer “é preciso mudar, mas assim tenho a certeza que não!”

Proponho que comece a leitura deste texto procurando responder à seguinte pergunta: como encaro a diversidade cultural? Procure ir além do “politicamente correto” ou da resposta que acharia que deveria dar… Aceito ou valorizo? Acolho ou hierarquizo? Sinto mais alegria ou receio? Sinto-me seguro ou perdido? E quando essa diversidade me confronta e põe em causa? Como reajo? Como defino fronteiras? Para os outros, para mim…

Começo com esta pequena provocação porque, nos últimos anos, esta pergunta – como encaro a diversidade cultural? – tem emergido como a pedra de toque das ações sobre diversidade e diálogo intercultural que dinamizo. Tenho-a proposto como ponto de reflexão essencial não só a nível pessoal, mas também grupal e até institucional. Mas não a proponho assim, diretamente, como o acabei de fazer aqui.

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