e-Museu do Património imaterial

www.memoriamedia.net

Esta semana sugerimos uma visita atenta ao sítio do “MEMORIAMEDIA e-Museu de Património Imaterial”. Este projecto tem como grandes objectivos a “recolha e difusão da literatura tradicional / oral / popular e de todas as formas de manifestação desta cultura – tradicionais e contemporâneas – enquanto parte do património imaterial, nacional e universal da humanidade”.

Fundamentado na necessidade urgente de “identificar, registar, preservar e divulgar um património que está em risco de se perder: os contos, as lendas, os provérbios, as lenga-lengas e demais expressões da cultura oral; o “saber-fazer” de antigos artesãos, da pequena indústria tradicional e do comércio tradicional; os costumes e ritos que ainda se manifestam em quotidianos da esfera profissional, familiar e social das populações.”

Ao entrarmos neste “e-museu” temos em destaque um vídeo com um conto tradicional e uma lista com as actualizações mais recentes. Na opção “cantos, contos e que +”, dispomos de uma quantidade enorme de vídeos catalogados por regiões de Portugal, onde o conteúdo destes, é o registo em formato audiovisual de relatos da memória do nosso povo na primeira pessoa. Em “saber(es) fazer(es)”, encontramos um manancial de registos de “conhecimentos e modos de fazer enraizados no quotidiano das comunidades”, que vão desde os saberes tradicionais (fazer o pão, criar um burro, benzer o pão, fazer palhetas, etc.) aos apetecíveis sabores tradicionais. No item “celebrações”, espaço que ainda não se encontra pronto, irá possuir o registo de “rituais e festas que marcam a vivência colectiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e outras práticas da vida social”. Em “lugares”, somos convidados a visitar práticas sociais colectivas e a conhecer identidades colectivas (o semeador e a Euterpe de Portalegre, entre outras). Outra opção disponível é a “histórias de vida”, onde aí se abre outro espaço virtual dedicado exclusivamente a “narrativas na primeira pessoa e a percursos pessoais”, a “histórias de vida na investigação científica” (testemunhos de escritores, estudiosos, cientistas sociais, sociólogos, antropólogos, historiadores) e ao original “1 história, 1 vida”.

De facto este sítio é um veículo extraordinário de afirmação da identidade nacional e de aproximação das populações, permitindo assim perpetuar a memória de um país.

Fernando Cassola Marques

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