Dume ultima trabalhos para receber túmulo de S. Martinho

A construção do edifício para receber o túmulo de São Martinho de Dume está praticamente concluída. A preocupação é conseguir acondicionar devidamente o espaço para acolher o sarcófago no dia 6 de Agosto. Segundo o presidente da Junta, os trabalhos devem terminar dentro de quatro dias. Constantino Caldas afirma que estão a ser feitos esforços para que o edifício seja inaugurado com o túmulo dentro. O autarca lembra que a trasladação do túmulo, que actualmente se encontra no Museu D. Diogo de Sousa, em Braga, foi pedida há cerca de quinze dias ao Ministério da Cultura, tal como está previsto desde 1995 por despacho ministerial. Constantino Caldas adianta, contudo, que se, eventualmente, o local não reunir todos os requisitos para receber o sarcófago no dia 6 de Agosto, «é preferível adiar alguns dias», evitando assim possíveis problemas no futuro. O autarca de Dume lembra que não podem ser descurados determinados aspectos, sobretudo relacionados com a segurança, a iluminação e a climatização. Para a cerimónia, está convidada a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, o presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, entre outras personalidades. Constantino Caldas diz ainda que o espaço vai dispor de dois funcionários, com formação adequada, que está a ser ministrada pelo Museu D. Diogo de Sousa. A manutenção será assegurada pela Junta e Câmara Municipal, com o apoio técnico do Museu D. Diogo de Sousa, cuja directora tem prestado uma boa colaboração ao longo de todo o processo, reconhece o autarca. Recorde-se que o sarcófago de São Martinho de Dume data de finais do século XI ou início do século XII, sendo considerado a mais importante peça escultórica funerária da Alta Idade Média em Portugal. Escavações Entretanto, uma equipa de arqueólogos da Universidade do Minho prossegue as escavações que vão pôr a descoberto uma parte da Basílica de São Martinho, que remonta ao século VI. Os trabalhos, que estão a ser desenvolvidos por dez alunos da licenciatura em Arqueologia, sob orientação de Luís Fontes e Francisco Andrade, vão permitir a redescoberta dos vestígios da basílica sueva encontrada em 1987 pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho. A ideia é colocar à vista a parte lateral sul da basílica que se encontra entre a igreja e a capela de Nossa Senhora do Rosário, para que possa vir a ser criado um circuito de visita subterrâneo que inclua a vila e balneário romanos do século I a.C, encontrados em terrenos contíguos, e as ruínas dos mosteiros dos séculos VI e X/XI. Apontamentos históricos relatam que a basílica foi mandada construir por volta do ano 550 pelo rei suevo Carrarico em agradecimento a São Martinho de Dume pela cura do seu filho. O templo foi posteriormente ampliado entre os séculos X e XI e deveria ter ficado maior que a actual igreja.

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