Donativos ao Papa aumentaram 40% em 2006

A Santa Sé revelou ontem que o “Óbolo de São Pedro” – donativos oferecidos ao Papa – alcançou um total de 138,5 milhões de Euros em 2006, o que representa um aumento de 40% relativamente a 2005. Segundo comunicado do Conselho dos Cardeais para o estudo dos problemas organizativos e económicos da Santa Sé, que se reuniu esta segunda-feira, Bento XVI destinou esse montante “às exigências do seu ministério de serviço à Igreja Universal”. Além do aumento registado nestes donativos, também as Dioceses de todo o mundo contribuíram com de 24,08 milhões de Euros no apoio à estrutura central da Igreja, conforme determina o cân. 1271 do Código de Direito Canónico. O montante é cerca de mais 20% do que o de 2005. O Óbolo compreende a colecta efectuada nas dioceses de todo o mundo por ocasião da solenidade dos Santos Pedro e Paulo, as contribuições de congregações e instituições religiosas, as contribuições de fundações e as ofertas espontâneas de fiéis de todo o mundo. O site do Vaticano (www.vatican.va) apresenta uma secção especial, “Óbolo de São Pedro”. Esta contribuição foi criada, conforme explica a página, “como sinal de adesão à solicitude do Santo Padre relativamente às múltiplas carências da Igreja Universal e às obras de caridade em favor dos mais necessitados”. A secção inclui uma explicação da história deste fundo ao longo dos séculos, a sua aplicação nos dias de hoje e uma galeria fotográfica. A origem histórica do Óbolo de São Pedro remonta a finais do século VIII, quando os anglo-saxões se converteram ao Cristianismo e, como sinal de união com o Bispo de Roma, decidiram enviar de maneira sistemática uma contribuição ao Papa. Assim nasceu o “Denarius Sancti Petri” (Esmola a São Pedro), que logo se difundiu pelos países europeus, costume que foi regularizado pelo Papa Pio IX na Encíclica “Saepe Venerabilis” (5 de Agosto de 1871). Aposta nos Media Os dados agora revelados dizem respeito ao balanço económico consolidado da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano de 2006, que apresentou resultados positivos de 24, 25 milhões de Euros no seu conjunto, o melhor resultado dos últimos nove anos. O Vaticano promove uma conferência de imprensa sobre as suas contas, no próximo dia 6 de Julho, sexta-feira, com a presença do Cardeal Sergio Sebastiani, presidente da Prefeitura para os assuntos económicos da Santa Sé. Durante a análise dos balanços – a Santa Sé e o Estado da Cidade do Vaticano apresentam balanços financeiros separadamente – os Cardeais abordaram a questão dos meios de comunicação social do Vaticano “pela sua relevância informativa e pastoral”. A Rádio Vaticano, o Osservatore Romano, o Centro Televisivo Vaticano, a sala de imprensa da Santa Sé e a página oficial do Vaticano na Internet, entre outros, foram considerados instrumentos que ” exigem contínuas invocações tecnológicas e necessitam de recursos financeiros relevantes para se manterem actualizados”.

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