Fusão entre Portugal e Espanha foi afastada para preservar “identidade própria”, explica Frei Pedro da Cruz Fernandes
Lisboa, 07 set 2013 (Ecclesia) – O novo provincial dos Dominicanos, eleito para os próximos quatro anos, quer criar “unidade” entre os membros e as comunidades da Ordem dos Pregadores, testemunhando por ações e não por palavras.
“As pessoas hoje acreditam mais naquilo que vêm do que naquilo que ouvem e, parece-me fundamental que haja nas comunidades e na província, em geral, este espírito de unidade e comunhão fraterna”, afirma o frei Pedro da Cruz Fernandes à Agência ECCLESIA.
O novo provincial, eleito no Capítulo que decorre desde o dia 2 de setembro, revela que a Ordem dos Pregadores deseja investir num trabalho junto da pastoral juvenil, em concreto, nos meios universitários, e apostando na “consciencialização e evangelização nos dias de hoje”.
A atenção aos problemas sociais e ao mundo, “investindo no campo da formação, da evangelização e da solidariedade social e religiosa”, são outras prioridades apontados pelo frei Pedro Fernandes, até ao momento pároco na paróquia do Cristo-Rei, na diocese do Porto.
O novo provincial dá conta que a junção das províncias portuguesas e espanhola não vai acontecer, sendo possível um “noviciado em conjunto, em Sevilha”.
“Espanha pediu e insistiu que se fizesse uma só província ibérica mas, após uma avaliação individual e comunitária, decididos ficar independentes para já”, avança o provincial, insistindo numa “identidade própria”.
Nos dias 11 e 12 os dominicanos da província portuguesa irão a Ávila para um encontro inter-definitório, com o objetivo de “acordar diretrizes tem para os próximos anos”,
O dominicano, de 73 anos, que vai, por enquanto, continuar a residir no Porto, confia na colaboração de toda a província para uma obra que, afirma, não é sua.
A Ordem dos Pregadores mantém três comunidades, no Porto, em Lisboa e Fátima, que, “sendo autónomas” exigem uma “coordenação”.
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