Dominicanos em Portugal, tema de Congresso Internacional

Comemorando o VIII Centenário da Fundação da Ordem dos Pregadores, o Instituto S. Tomás de Aquino (ISTA), de Lisboa, e o Centro Inter-Universitário de História da Espiritualidade (CIUHE) da Faculdade de Letras da Universidade do Porto promovem um Congresso Internacional com o tema Os Dominicanos em Portugal. O Congresso realiza-se de 14 a 16 de Dezembro de 2006, e terá como palco o Anfiteatro Nobre da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (ao Campo Alegre). Os temas encontram-se repartidos pelas seguintes secções: Dominicanos e Cultura (sub-secções: História e Literatura, Arte); Pregação e Missionação (sub-secções Pregação, Missionação); Dominicanos e a Inquisição; Dominicanos: espiritualidade e exegese bíblica. A conferência de abertura tem por tema Dominicanos e Cultura nos séculos XVI e XVII (por Luís Filipe Barreto); e a Conferência de Encerramento analisa Dominicanos na Crise política de 1580 (João Francisco Marques). Figuras importantes da nossa história cultural serão também objecto de estudo, entre as quais o Cardeal D. Henrique (embora não seja dominicano), Sóror Violante do Céu, Frei Luís de Sousa, Frei Luís de Granada, Frei João de São Tomás, Frei Francisco Foreiro, entre muitos outros. Ressalta o papel relevante que os membros desta Ordem exerceram na evolução histórica, cultural e religiosa da sociedade portuguesa ao longo dos séculos, sobretudo a partir do séc. XVI. A sua acção em outras paragens, em tempos de descobertas e de impérios, foi igualmente relevante, como por exemplo na Índia, no Brasil, e particularmente nas relações culturais, religiosas e institucionais com Espanha. Há igualmente nomes determinantes da nossa cultura que são abordados, como o de Fernão de Oliveira, autor da primeira Gramática da Língua Portuguesa (que foi noviço e professo dominicano, mas que depois saiu da ordem e se tornou um aventureiro) e sobretudo Frei Luís de Sousa, cuja Vida do Arcebispo (Bartolomeu dos Mártires, também dominicano, agora beatificado), não sobrepujando os Anais de D. João III, constitui uma obra de referência da nossa cultura. Outra referência curiosa do ponto de vista cultural é a ligação entre o Convento dominicano de Chelas e uma das nossas escritoras mais notáveis e mais esquecidas: a Marquesa de Alorna, aliás D. Leonor de Almeida Portugal, mais tarde casada com o conde alemão Oyenhausen. Percorrendo a Europa, tornou-se uma das primeiras vozes do romantismo em Portugal. Mas há muitos outros motivos de interesse que mostram um importante dado: quando a cultura dita profana se encontra com a cultura de influência religiosa ou aclesiástica, ambas saem enriquecidas. E certamente também o universo cultural português. (MCF). Nota: As insacrições devem ser enviadas para o Secretariado do ISTA, Rua João de Freitas Branco, 12, 15000-359 Lisboa, ou através de ista@dominicanos.com.pt.

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