Encenação foi recriada em cinco quadros nas ruas da cidade
Santa Maria da Feira, 25 mar 2024 (Ecclesia) – Na celebração de Domingo de Ramos, Santa Maria da Feira (Diocese do Porto), acolheu a recriação da Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém em cinco quadros em vários pontos daquela cidade.
Com ramos de oliveira, benzidos no início desta procissão e recriação, assinalou-se o dia em que Jesus entrou em Jerusalém montado num jumentinho e “as multidões saíram para recebê-lo, recordando as aclamações e os gestos das crianças hebreias, que foram ao encontro de Jesus com o canto do «Hossana», realça um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
Esta recriação, a cargo do Grupo Gólgota, dos Missionários Passionistas dividiu-se em cinco quadros, ao longo do percurso: “Jesus em Betfagé”, nos Jardins do Convento dos Loios; “Jesus e as Crianças de Jerusalém”, na entrada principal da Câmara Municipal; “Jesus é Filho de Deus!”, no lugar do Montinho; “As lágrimas de Jesus, ao ver Jerusalém”, junto ao edifício Além do Rego; e por último, “Jesus no Templo de Jerusalém”, na Igreja dos Passionistas.
Com 41 anos, Bruno Borges que fez de Apóstolo João disse à Agência ECCLESIA que a encenação teve “uma carga dramática muito forte, mas também com muita alegria porque Jesus merecia ser aclamado como Rei”.
Com a recriação destes momentos, os participantes têm “oportunidade de apresentar Jesus e os textos do Evangelho à população de Santa Maria da Feira”.
Apesar de “muitas pessoas estarem afastadas” da Igreja, estes momentos são uma oportunidade “de mostrar os ensinamentos do nosso Rei”.
“É muito especial fazer o papel do discípulo amado” porque “ele teve a coragem de O seguir até à cruz e acolher Maria como Mãe”, sublinhou Bruno Borges.
O responsável pelo Grupo de Bombos do Gólgota, Daniel Padrão realçou que a música também “é importante para aclamar a chegada de Jesus de Nazaré a Jerusalém”.
Com cerca de dez anos no grupo, Daniel Padrão afirmou à Agência ECCLESIA que a Semana Santa nesta localidade “é única”.
Com o papel de Marta, a Cátia Costa é uma “figura fundamental para perceber Jesus” porque ela “assistiu a uma ceia onde Jesus ressuscitou Lázaro”.
“A Marta testemunhou um dos milagres feitos por Jesus e quando se fala da Ressureição ela vai a favor de Jesus porque tem a prova porque viu”, referiu à Agência ECCLESIA.
“É difícil encarnar este papel porque é preciso muita interiorização”.
O sumo pontífice Anaz, aquele que mandava no sinédrio, foi desempenhado por Mário Pais que controlava a “parte religiosa naquele tempo”.
“Tínhamos de ter um papel duro porque o nazareno vinha estragar o nosso negócio e vinha por em causa o nosso poder e a nossa lei”, adiantou à Agência ECCLESIA.
Como o poder do sinédrio estava a ser posto em causa, os membros tinham de arranjar maneira de o eliminar e não podia ser de forma branda, mas violenta”.
Nesta entrada triunfal em Jerusalém, o Hugo Fernandes desempenhou o papel de Jesus de Nazaré.
A encenação foi triunfal “mas cheia de emoção e lágrimas sobretudo nas catequeses que foram dadas por Jesus e pelas crianças”, sublinhou à Agência ECCLESIA.
“É muito difícil encarnar o papel de Jesus, sobretudo devido à sua presença tão forte e à mensagem que transmite”.
LFS