Doentes mentais precisam de acolhimento

“Promover a saúde mental, acolhendo a pessoa doente” foi o slogan escolhido pela Comissão Nacional da Pastoral da Saúde (CNPS) para viver o Dia Mundial da Doente em Portugal, no próximo Sábado, 11 de Fevereiro. Num pequeno caderno de apresentação da temática deste ano, o Coordenador da CNPS, Pe. Vítor Feytor Pinto, explica que a reflexão deve centrar-se “em duas perspectivas da acção pastoral: a prevenção e o acolhimento, a prevenção das doenças pelo convite a um estilo saudável de vida, e o acolhimento dos doentes que, atingidos na sua saúde mental, são muitas vezes marginalizados, numa autêntica exclusão social”, lembra. Actualmente, muitas pessoas são atingidas por doenças que se reflectem no foro mental, “a depressão, as dependências, a demência senil e alzheimer, o stress, os histerismos e as esquizofrenias” são algumas dessas patologias enumeradas pelo coordenador da CNPS que “desequilibram de tal maneira a pessoa que se vê mesmo tentada ao desprezo da vida e ao suicídio”, refere o Pe. Vítor Feytor Pinto. Segundo números apresentados por este responsável, em todo o mundo há 450 milhões de pessoas afectadas por problemas mentais, neurológicos ou comportamentais, e são cerca de 873 mil as pessoas que se suicidam em cada ano. Perante as muitas situações, a Igreja Católica “quer dar uma especial atenção à saúde mental, quer no que à prevenção diz respeito, quer ao tratamento que se considere necessário”, afirma o sacerdote recordando que, em Portugal “há 21 hospitais que têm como único objectivo o acompanhamento de doentes do foro psiquiástrico”. Àqueles que lidam com estas situações, que causam muitas vezes a solidão, é pedido o acolhimento porque, sublinha o Pe. Vítor, “acolher é compreender e aceitar a diferença, comunicar o necessário para uma relação gratificante, estimular as energias latentes que, apesar da doença, a pessoa pode manifestar”. Nesta apresentação temática, o coordenador da Pastoral da Sáude apela a um papel interveniente dos voluntários nas paróquias, para um apoio organizado nomeadamente às famílias. “As famílias estão muito marcadas pela dificuldade que comporta uma assistência permanente, pela incapacidade de relação, pela falta de formação específica, pela pobreza de recursos”, diz. Estes apoios podem aliviar as famílias e “passam pela presença organizada, pelas pequenas tarefas caseiras, pela estadia à cabeceira do doente para a família poder descansar ou mesmo ter uns dias de férias”. Procurar conhecer casos que merecem especial atenção, visitar familias, criar grupos de oração, integrar estas pessoas de uma forma normal na vida litúrgica da comunidade cristã, são, segundo o Pe. Vítor, algumas iniciativas a ter em conta para assinalar o dia 11 de Fevereiro em Portugal. Notícias relacionadas • Promover a saúde mental, acolhendo a pessoa doente

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