Documento base do Sínodo dos Bispos apresentado no Vaticano

O Instrumentum Laboris (Instrumento de trabalho) para a assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia, no próximo mês de Outubro, será apresentado esta manhã no Vaticano, em conferência de imprensa. O Sínodo, convocado por João Paulo II e confirmado por Bento XVI, decorrerá em Roma de 2 a 23 de Outubro, juntando prelados de todo o mundo em redor do tema “A Eucaristia, fonte e cume da vida e missão da Igreja”. O documento será a base da discussão dos Bispos e vai ser apresentado em sete línguas: italiano, francês, inglês, alemão, espanhol, português e polaco. No texto são compiladas as respostas ao questionário enviado pelo Vaticano em Março de 2004, ano em que foram ainda publicadas as grandes linhas (lieneamenta) do Sínodo, para propor uma reflexão comum às forças vivas da Igreja. A primeira questão abordava o tema “A Eucaristia na vida da Igreja” e perguntava: “Que importância tem, na vida das vossas comunidades e dos fiéis, a celebração da Eucaristia? Qual é a percentagem de participação na Santa Missa dos Domingos, dos dias de semana, das grandes festas do ano litúrgico? Existem estatísticas aproximativas a este respeito?”. A XI assembleia geral do Sínodo será o primeiro grande encontro de Bispos em torno do Papa. Fora convocado por João Paulo II a 12 de Fevereiro de 2004 e no dia 12 de Maio de 2005, o novo Papa confirmou oficialmente a organização deste Sínodo, reduzindo numa semana a sua duração. Bento XVI também confirmou as nomeações dos presidentes delegados para o Sínodo. Os presidentes são o Cardeal Francis Arinze, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; o Cardeal Juan Sandoval Íñiguez, arcebispo de Guadalajara (México); o Cardeal Telesphore Placidus Toppo, arcebispo de Ranchi (Índia). O seu papel será o de presidir a toda a sessão do Sínodo episcopal, numa ordem estabelecida pelo Papa, que também confirmou como relator geral o Cardeal Angelo Scola, Patriarca de Veneza (Itália), e como secretário especial, D. Roland Minnerath, arcebispo de Dijon (França). Ao relator geral do Sínodo corresponde sintetizar os pontos convergentes surgidos da primeira fase sinodal – as intervenções de seus participantes – para serem discutidos na segunda fase, durante a qual todos os padres sinodais dividem-se em pequenos grupos. Na terceira fase, o relator geral e o secretário especial recolhem em diferentes fases a lista de propostas que os padres sinodais votam e que no final do Sínodo são entregues ao Papa. Estas propostas constituem a base para a redacção da exortação apostólica que o Papa escreve como conclusão dos Sínodos.

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