Conselho Pontifício apresentou experiências de pastoral para a estrada em todo o mundo A Igreja Católica procura, um pouco por todo o mundo, novas soluções para o acompanhamento daqueles que fazem da estrada o seu local de trabalho. Do Camião-capela, que é estrela de televisão no Brasil, à oração na estação de serviço, são muitas as respostas que é possível encontrar. O Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI) apresentou ontem as conclusões do seu II Encontro Internacional da Pastoral da Estrada, promovido em Dezembro, com representantes de 21 países. O tema da iniciativa era “A estrada da mobilidade sustentável” e manifestava preocupação com os fenómenos ligados à vida da “rua”, incluindo a sinistralidade rodoviária. Do encontro sai a preocupação com as questões ligadas à estrada, que são “complexas e numerosas”, mas o que mais chamou a atenção de todos foi o elenco das acções pastorais que já se desenvolvem nesta área específica. O documento conclusivo lembra a acção do Pe. Marian Litewka, no Brasil, que há décadas percorre as estradas do país num Camião-capela, para celebrar a Missa para camionistas em postos de abastecimento. A partir de 1990, o sacerdote polaco passou a ter a ajuda de outros dois padres, que visitam, em média, 20 postos por dia. Outras propostas são o chamado “Kanal K”, na Alemanha, em que um telefone permite aos motoristas entrarem em contacto directo com um sacerdote ou outro agente pastoral. O documento do CPPMI sublinha que a Igreja deve “defender e tutelar os direitos dos profissionais e dos trabalhadores da estrada”, procurando também promover “lugares e ocasiões de encontro” com eles. Esses encontros, refere-se, podem ter lugar em espaços como as áreas de serviço ou de descanso, nas auto-estradas, para fazer deles “momentos que se vivem mais intensamente, com a possibilidade de crescer na fé”.