Divisão na Igreja Anglicana gera risco de cisma

A Igreja Anglicana vive uma das mais graves crises de sua história, cada vez mais dividida sobre temas como a homossexualidade ou a ordenação de mulheres, a ponto de alguns falarem em cisma. “A crise não tem precedentes desde a Reforma que devastou a Igreja Católica na Inglaterra no século XVI”, escreveu o jornal “The Times”, na sua edição desta Terça-feira. O jornal dedica sua primeira página à ameaça feita por 1300 eclesiásticos anglicanos de deixar a Igreja, em protesto contra uma votação que pode consagrar a ordenação de mulheres na posição de bispo, no Reino Unido. Na carta enviada ao Primaz anglicano, Rowan Williams, e ao Arcebispo de York, John Sentamu, os signatários anunciam que estão dispostos a romper com a Igreja da Inglaterra. No Domingo, cerca de 300 bispos e arcebispos conservadores anunciaram, por ocasião de uma reunião em Jerusalém, a formação de uma nova comunhão na Igreja Anglicana que não reconheceria a autoridade do Arcebispo da Cantuária, Rowan Williams. No próximo dia 16 inicia-se a conferência de Lambeth, que se realiza a cada dez anos, reunindo representantes da Comunhão Anglicana, com 77 milhões de fiéis As fortes discordâncias entre os seus membros acenturam-se nos últimos anos e chegou mesmo a falar-se da possibilidade de dividir a Comunhão Anglicana em duas igrejas coexistentes com igreja associadas, à margem de uma igreja central, composta por Dioceses que obedecem à linha oficial anglicana.

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