“Temos de ser fiéis à nossa identidade e sermos capazes de provar e mostrar que conseguimos conviver com o diferente” – disse à Agência ECCLESIA D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) em relação ao V Simpósio do Clero que está a decorrer em Fátima, de hoje a 8 de Setembro. No final da primeira manhã de trabalhos – subordinado ao tema «O Presbitério em Comunhão. Ao serviço da comunhão eclesial» – o presidente da CEP sublinhou ainda que “a comunhão na Igreja não é algo de acidental mas algo de constitutivo da mesma Igreja”. Num mundo caracterizado pela divisão e na “pouca confiança na razão é necessário dar o testemunho”. Os sacerdotes terão de “apostar num testemunho de vida e depois serem solicitadores dessa mesma comunhão dentro da Igreja e nos lugares onde estão a trabalhar” – referiu D. Jorge Ortiga, na sessão de abertura deste Simpósio. Uma comunhão ligada ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso porque esta “não pode ser um fim para se poder saborear mas um compromisso para uma vida nova” – frisou. Num dos textos preparatórios para esta iniciativa que congrega cerca de 400 padres, o arcebispo de Braga deu o título «Padres para quê?» a um artigo. À Agência ECCLESIA respondeu que o padre “deve testemunhar a vida comunitária de Deus e testemunhá-la numa maneira vivencial nos momentos mais variados da vida. Esta é a razão de ser do clero hoje. Não apenas falar de um Deus comunhão mas mostrar esse Deus comunhão”. Ao nível do testemunho, a Igreja terá que conviver com a diferença. “Esta é uma riqueza mas, em simultâneo, temos de ser fiéis à nossa originalidade”. E acrescenta: “podemos dizer ao mundo que é possível viver em comunhão nesta diversidade e não chegar aos conflitos como hoje se verifica”. E depois do Simpósio? D. Jorge Ortiga disse que desafiou – esta manhã – os padres a “frutificarem esta iniciativa”. Depois desta paragem “surgem os frutos do simpósio” – concluiu. Notícias relacionadas • Presbitério em Comunhão