«Talitha Kum» sublinha riscos para crianças, jovens e mulheres, migrantes e refugiados

Roma, 30 jul 2025 (Ecclesia) – A ‘Talitha Kum’, rede internacional de religiosas e instituições católicas contra o tráfico de pessoas, alertou para os riscos provocados pelas guerras em curso, a nível global, neste campo.
“O ano de 2024 é caraterizado pelo crescente impacto dos conflitos armados em vários países africanos, Myanmar, Ucrânia e Médio Oriente. Esta crise provocou a deslocação de comunidades e aumentou os riscos para crianças, jovens e mulheres, migrantes e refugiados”, refere o mais recente relatório da rede, divulgado por ocasião do Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, que se assinala hoje.
A rede internacional de religiosas, colaboradores e parceiros, foi fundada em 2009 no seio da União Internacional de Superioras Gerais (UISG).
“A Talitha Kum aumentou o seu apoio às vítimas e sobreviventes, partilhando a sabedoria dos sobreviventes e das comunidades locais. O programa ‘Jovens Embaixadores’ continua a prosperar, envolvendo jovens líderes que sensibilizam tanto online como localmente, motivando outros a fazer o que eles fazem”, aponta a irmã Abby Avelino, coordenadora da rede internacional, em nota de imprensa.
O apoio das várias organizações chegou a mais de 900 mil pessoas em todo o mundo, em 2024, o que representa um aumento de 20% em relação a 2023.
Atualmente, a ‘Talitha Kum’ é composta por 64 redes nacionais em 108 países.
“Os serviços, que incluem abrigo seguro, cuidados especializados em trauma, assistência jurídica e reabilitação, aumentaram 26%, especialmente na Ásia e na América”, indica o comunicado.
O relatório anual de 2024 sublinha “os esforços extraordinários da rede Talitha Kum para erradicar o tráfico e o abuso de pessoas vulneráveis, em particular mulheres, meninos e meninas, através de ações concretas baseadas na fé e na justiça”.
“O relatório descreve a aplicação das prioridades estratégicas da rede Talitha Kum e destaca a importância de alcançar este objetivo em larga escala, algo possível graças à extraordinária dedicação das religiosas, dos seus associados e de muitos colaboradores que trabalham no terreno”, indica a irmã Herman Oonah O’Shea, presidente da UISG.
OC