Direitos Humanos: Países de maioria islâmica registam «violações mais graves» à liberdade religiosa (AIS)

Relatório de fundação pontifícia analisa situação em 196 nações

Lisboa, 03 nov 2014 (Ecclesia) – O Relatório 2014 sobre a liberdade religiosa no mundo, da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), revela que “as violações mais graves” a este direito acontecem de forma predominante em “países muçulmanos”.

Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a organização católica precisa que no período compreendido entre outubro de 2012 e julho deste ano, a liberdade religiosa “entrou numa fase de declínio grave” a nível global, tendo em conta a situação analisada em 196 países dos cinco continentes.

Outra conclusão neste estudo, que a Fundação AIS realiza de dois em dois anos, é que “a perseguição das minorias religiosas” e "o aumento dos Estados uniconfessionais" estão a provocar uma onda extremamente elevada de populações em fuga, o que tem contribuído para a “crise mundial de refugiados”.

O Relatório vai ser apresentado esta terça-feira, no auditório da Assembleia da República, em Lisboa, pelas 17h00.

O documento, que avalia e classifica o grau de liberdade religiosa em cada um dos países do Mundo, será apresentado por Michael Gulbenkian e contará ainda com a presença do arcebispo D. Issam John Darwish, do Líbano.

“O prelado irá falar sobre a questão da liberdade religiosa no seu país, que enfrenta atualmente uma forte ameaça de colapso económico e até político por ter recebido, nos últimos anos, milhares de refugiados provenientes da Síria e do Iraque”, adianta a AIS.

A visita a Portugal do arcebispo libanês insere-se numa campanha de sensibilização da fundação católica para a violência extrema que se está a verificar contra os cristãos no Médio Oriente e que contou já com a presença em Portugal de D. Gregório III, patriarca da Síria.

A Fundação AIS é uma organização da Igreja Católica que depende diretamente da Santa Sé cuja missão é “ajudar os cristãos onde quer que eles se encontrem perseguidos, refugiados ou em necessidade”.

Fundada no Natal de 1947, a AIS tornou-se uma fundação pontifícia da Igreja Católica em 2012; em Portugal, a fundação começou em 1995, com a abertura de um secretariado em Lisboa e, mais tarde, uma casa em Fátima.

AIS/OC

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Agência ECCLESIA

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