Na inauguração da exposição “Liberdade Garantida”

Lisboa, 19 mai 2025 (Ecclesia) – A exposição “Liberdade Garantida» do artista plástico Miguel Cardoso foi inaugurada dia 17 deste mês, em Viseu, e D. António Luciano sublinhou que “os mártires de hoje são heróis, são exemplo” para todos.
A mostra, apoiada pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, vai estar patente ao público até fevereiro do próximo ano e aborda o sofrimento de milhões de pessoas que são vítimas de perseguição religiosa.
A exposição retrata histórias concretas de homens, mulheres e crianças vítimas de perseguição religiosa nos dias de hoje e está patente no Museu de Arte Sacra, na Catedral de Viseu.
A cerimónia de inauguração, no âmbito do Dia Internacional dos Museus, contou com a presença do Bispo, da coordenadora do Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu, da vereadora da cultura e da diretora do secretariado nacional da Fundação AIS. O Bispo de Viseu, D. António Luciano, que saudou o trabalho realizado pela Ajuda à Igreja que Sofre a nível mundial, sublinhou a importância de a exposição obrigar o visitante a refletir sobre “o valor da liberdade” e a necessidade de a divulgar, de a promover, de a ensinar e de a testemunhar.
A exposição apresenta 10 instalações que transportam o visitante para a realidade cruel de milhões de pessoas vítimas de violência, pessoas que são perseguidas por causa da sua fé, homens, mulheres e crianças em sofrimento e tantas e tantas vezes sem que o mundo sequer dê conta disso, sem que o mundo se comova com isso.
A primeira das instalações, logo no início da exposição, é uma réplica do Sudário de Turim com a imagem do menino sírio Alan Kurdi, de dois anos de idade, que morreu afogado numa praia da Turquia em Setembro de 2015. Esta tragédia aconteceu há quase dez anos.
A exposição “Liberdade Garantida” nasceu em abril de 2024, em Santarém, no contexto das comemorações dos cinquenta anos da revolução.
E tal como aconteceu em Santarém, também agora, em Viseu, as peças são apresentadas ao público como se estivessem “em diálogo com as que já faziam parte do espólio permanente do museu de arte sacra da diocese”, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
Esse diálogo “é mesmo a chave de leitura”, diz o autor, para a compreensão das histórias, dos dramas humanos que se escondem em cada instalação.
LFS