Missionário alemão foi sequestado quando ia celebrar Missa, na capital do Mali
Lisboa, 28 fev 2023 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) lembra que “continua desconhecido” o paradeiro do padre alemão Hans-Joachim, que foi raptado há 100 dias, em Bamako, capital do Mali, quando ia celebrar Missa.
Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, o secretariado português da AIS recorda que o missionário alemão foi “raptado a 20 de novembro” de 2022, perto da escola onde trabalhava, em Bamako.
“Num momento em que se preparava para celebrar uma Missa numa igreja na cidade. O seu automóvel foi encontrado abandonado e a cruz que ele trazia sempre consigo estava no chão”, acrescenta, sobre o sacerdote da Sociedade dos Missionários de África (também conhecidos como Padres Brancos).
O padre Hans-Joachim Lohre desenvolvia, há cerca de 30 anos, um “importante trabalho ao nível do diálogo inter-religioso”, lecionava no Instituto de Educação Cristã-Islâmica, e o seu sequestro foi visto como “mais um sinal da deterioração das condições de vida da comunidade cristã neste país africano”.
A Fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre assinala a “atuação violenta de diversos grupos jihadistas” que atuam com “relativa impunidade” na região africana do Sahel, que inclui países como o Mali, o Níger, o Burquina-Faso.
A organização internacional da Igreja Católica acompanha “com preocupação” o sequestro do padre Hans-Joachim Lohre, tendo o seu presidente executivo internacional apelado às orações de todos pela libertação do sacerdote também “conhecido como Ha-Jo”.
“Pedimos orações a todos os nossos benfeitores e amigos para a libertação imediata do Padre Ha-Jo. Ele é um construtor de paz no meio da violência e do terrorismo. A nossa Fundação tem apoiado a sua missão nos últimos anos e agora ele precisa das nossas orações e solidariedade”, disse Thomas Heine-Geldern, após o rapto há 100 dias.
O secretariado português da AIS recorda também que, para além do missionário alemão, haverá ainda mais um outro sacerdote sequestrado pelos grupos jihadistas, o padre Joël Yougbaré, a 17 de março de 2019, e, nos últimos anos, também foram raptados e continuarão em cativeiro cidadãos romenos, australianos, norte-americanos e italianos.
CB/OC