Direitos Humanos: Cáritas denuncia «efeito desestabilizador» das posições dos EUA sobre a cidade de Jerusalém

Organização católica evoca ainda vítimas de «discriminação» em Portugal

Lisboa, 10 dez 2017 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa denunciou hoje o “efeito desestabilizador” da recente decisão dos EUA, ao reconhecer a cidade de Jerusalém como capital de Israel, numa nota que assinala o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

“Esta decisão unilateral dos EUA tem um efeito desestabilizador na região e já começou a provocar um aumento da violência. Este território e toda a região necessitam, desesperadamente, de iniciativas que promovam a paz e a reconciliação, e não de ações que possam gerar mais ódio e conflitos”, refere a organização católica, numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

A Cáritas diz viver com preocupação as “muitas situações em que os atos de terrorismo comprometem a paz entre os homens e entre as nações”.

“Particularmente atentos às mais recentes noticias que nos chegam do Médio Oriente, a Cáritas vive com profunda preocupação o anúncio recente, por parte dos Estados Unidos da América (EUA), sobre a cidade de Jerusalém”, acrescenta o texto.

Juntamente com as organizações membros da Confederação da Cáritas, presentes em 15 países do Médio Oriente e África do Norte, a Cáritas Portuguesa une-se ao Papa Francisco no seu apelo “para que todos se comprometam a respeitar o status quo da cidade, de acordo com as resoluções pertinentes das Nações Unidas”.

Em relação à realidade nacional, a Cáritas Portuguesa “lembra todas as pessoas que, em Portugal, continuam a ser vítimas de qualquer tipo de discriminação” e reconhece o empenho de muitas organizações cívicas e religiosas na denúncia e resposta a essas agressões.

“Como organização da Igreja Católica, que tem por missão o desenvolvimento humano integral e a defesa do Bem Comum, não podemos deixar de celebrar este dia, renovando a nossa fidelidade à defesa incondicional dos direitos fundamentais da humanidade, da dignidade e do valor da pessoa humana, da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres”, assinala a organização de ação social e ajuda humanitária.

OC

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Agência ECCLESIA

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