D. Ivo Scapolo fez primeiro discurso na apresentação de cumprimentos de ano novo ao presidente da República
Lisboa, 27 jan 2020 (Ecclesia) – O núncio apostólico em Portugal, D. Ivo Scapolo, decano do corpo diplomático, fez este sábado o seu primeiro discurso na apresentação de cumprimentos de ano novo ao presidente da República Portuguesa.
“A globalização deve ser sempre acompanhada pela inclusão e a solidariedade, começando com os que vivem próximo de nós”, referiu o representante diplomático da Santa Sé, numa intervenção enviada hoje à Agência ECCLESIA.
D. Ivo Scapolo alertou para a indiferença perante “situações difíceis e dolorosas de caráter ambiental, social e político” em que se encontram vários países do mundo.
Na sessão que decorreu no Palácio Nacional da Ajuda, o decano do Corpo Diplomático elogiou a “empatia e proximidade” de Marcelo Rebelo de Sousa “com as categorias de pessoas mais necessitadas, como os sem-abrigo e os doentes”.
O núncio apostólico falou num momento da história da humanidade em que é “preciso unir forças, porque só uma comunidade internacional unida, verdadeiramente comprometida, pode dar respostas adequadas e eficazes”.
A intervenção citou a declaração conjunta sobre a “Fraternidade Humana” que o Papa Francisco assinou com o grande imã de Al-Azhar no mês de fevereiro de 2019, em Abu Dhabi.
“Trata-se de um documento que contém indicações muito importantes para favorecer o respeito, a concórdia, a colaboração não só entre cristãos e muçulmanos, mas também em geral, entre diferentes pessoas, comunidades e países de todo o mundo”, indicou.
Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu o discurso do núncio apostólico, recordando a mensagem de Ano Novo do Papa Francisco, sobre a paz como “caminho de esperança, de reconciliação e de conversão ecológica”.
O chefe de Estado elogiou o exemplo do Papa “no combate à pobreza, no sentido de serviço, no respeito pelos outros, sobretudo os mais frágeis e indefesos, e na preocupação com as periferias marginalizadas da vida”.
OC