Diplomacia da Santa Sé explicada a diplomatas africanos

O Papa “é o primeiro embaixador do Vaticano no mundo”, disse o Secretário das Relações com os Estados, D. Dominique Mamberti. Segundo este responsável, a “vocação” da Santa Sé para a diplomacia vem de tempos longínquos e hoje é mantida viva precisamente por aquele que pode ser considerado o primeiro verdadeiro “agente diplomático”: o Papa, que, “com a sua palavra, as suas viagens e os seus apelos, é o primeiro embaixador do Vaticano no mundo”. O Arcebispo Mamberti inaugurou, na Universidade Pontifícia Gregoriana, em Roma, a segunda edição do curso sobre a diplomacia da Santa Sé, desta vez dedicado aos diplomatas africanos, organizado pela Universidade Gregoriana e pelo Instituto Internacional Jacques Maritain. O curso deste ano está a repetir o sucesso da primeira edição, realizada no ano passado, da qual tomaram parte embaixadores do Mediterrâneo e do Médio Oriente. “O sucesso da acção diplomática pontifícia é testemunhado pela atenção com a qual cada vez mais pessoas no mundo vêem o Papa como actor de paz, sobretudo quando eleva a sua voz para recordar as exigências do bem comum, o respeito da pessoa humana e dos direitos civis”, observou D. Mamberti. O Arcebispo marroquino acrescentou que nenhum outro mais do que o “homem africano, com as suas aspirações, os seus dramas, os seus lutos e as suas ressurreições”, pode ser destinatário e, ao mesmo tempo, portador de uma paz que passe também através da diplomacia. Se a África superar por meio da mediação internacional e da busca do consenso a grave crise na qual se encontra, disse D. Mamberti, “será talvez também graças aos vinte e um conselheiros de embaixadas presentes no curso”. O interesse da Santa Sé pelo continente africano é muito grande, como recordou D. Mamberti. Actualmente, 49 dos 53 países africanos mantêm relações diplomáticas bilaterais com a Santa Sé. (Com Rádio Vaticano)

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