Várias dioceses e igrejas católicas portuguesas que participaram a 27 de Novembro numa vigília de oração pela “Vida Nascente”, iniciativa mundial convocada por Bento XVI.
Em Lisboa, a vigília foi presidida pelo Cardeal-Patriarca, D. José Policarpo, que, na homilia proferida no Mosteiro dos Jerónimos, chamou a atenção para a violência que marca algumas sociedades.
“Temos sociedades retalhadas pela violência que não hesitam em recorrer à guerra, ao assassinato, à violência para conseguir apenas resultados materiais”, disse.
D. José Policarpo lembra, contudo, os esforços que algumas sociedades têm feito pela defesa da vida.
“Por um lado, o esforço positivo e louvável de promover e respeitar, defender a vida. Basta pensar nos sistemas educativos, nos sistemas de saúde, no respeito pela criança, na defesa da criança, nesse movimento enorme de estratos e associações civis de protecção aos países mais pobres, sobretudo de protecção à criança”, precisou.
Em Braga, várias centenas de fiéis participaram na vigília de oração que decorreu na Sé. A celebração, na véspera do I Domingo do Advento, foi presidida pelo Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, que apelou a todos os crentes, às comunidades paroquiais, Seminários, associações, movimentos e institutos religiosos que rezem pela vida nascente.
Afirmando que a dignidade de cada pessoa “revela-se na preocupação que cada sociedade tem pela humanização da vida”, D. Jorge Ortiga vincou que “a vida não pode ser decidida com base em meras vontades legislativas ou políticas à revelia da dimensão humana e espiritual do ser humano”.
“Preparemo-nos para o Natal para que nasça na sociedade uma nova mentalidade, defensora dos valores da vida. Olhemos para as situações de precariedade e procuremos levar a bênção, a paz e o amor de Deus”, indicou.
No Porto, o bispo auxiliar D. João Lavrador falou, para além do aborto, numa “nova onda de eugenética discriminatória” e dos “impulsos em favor da legalização de convivências alternativas ao matrimónio e fechadas à procriação natural”.
D. António Carrilho, por seu lado, afirmou que “a Igreja promove a cultura da vida e do amor, e quer realmente testemunhá-la desta forma, já na perspectiva do Natal do Senhor”
“Nós, os crentes, olhamos o mistério da vida em Jesus, como a dignificação da própria vida humana, no seu valor e até na qualidade que deve ser promovida”, disse o Bispo do Funchal ao «Jornal da Madeira».
Redacção/RR/DM/JM