Diocese de Viseu lança linha de apoio à vida

A 11 de Fevereiro de 2007 D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, anunciava, pouco depois de conhecidos os resultados do referendo ao aborto, a construção de uma obra para apoiar as situações mais difíceis, quer relativas às mães quer às crianças em risco. Impulsionadas por esta determinação do bispo, várias pessoas juntaram-se para criar o que hoje se chama Centro de Apoio à Vida (CAV), com o objectivo de ajudar quem tem problemas, “num trabalho totalmente anónimo”, sublinha o Pe. Armando Esteves à Agência ECCLESIA. Um ano depois da Nota Pastoral do Bispo de Viseu, mais um passo é dado a caminho do apoio à vida, com a criação de uma linha telefónica. A linha telefónica SOS de Apoio à Vida foi hoje lançada e hoje mesmo já recebeu pedidos de ajuda. Esta linha, gratuita e confidencial, pretende dar um primeiro aconselhamento e encaminhar pessoas em qualquer tipo de dificuldades. “Não se trata de uma resposta ao referendo”, aponta o sacerdote afirmando que a iniciativa surgiu no dia do referendo, sem se saber ainda o resultado. “Esta é uma resposta de quem ama a vida e de quem considera que, no meio de tanta indiferença onde todos correm, é possível parar para partilhar a vida com quem tem menos”. Vários apelos nacionais chegam à linha de Viseu. Ontem mesmo, antes da abertura oficial, já os voluntários recebiam telefonemas. Este passo “é uma forma de entrarmos em contacto com as pessoas e de mostrar outras valências que disponibilizamos”, aponta o sacerdote, que avança a abertura para escutar “sem moralismos”. Em regime de voluntariado 24 pessoas são a voz que aconselha e escuta quem marca 800 207 772. Pessoas que durante mais de dois meses receberam formação de pessoas com experiência em outras linhas de atendimento, técnicos das áreas da saúde, da acção social e de outros serviços. Os atendimentos telefónicos são feitos das 14:00 às 22:00, todos os dias da semana, incluídos Sábados e Domingos. O Pe. Armando Esteves enaltece a disponibilidade das pessoas que desde a primeira hora se juntaram a esta iniciativa, num “espírito voluntário e de total anonimato”. O sacerdote afirma que “a grande experiência desta iniciativa é a doação das pessoas”, que se disponibilizaram para ajudar. O CAV pretende não só dar apoio à gravidez na adolescência ou indesejada e a mães em dificuldades, mas a todas as situações de crise, sejam elas vividas por nasciturnos, crianças, jovens ou idosos. Esta linha verde SOS apresenta ainda como serviços complementares um grupo de acompanhamento no terreno de casos SOS, um núcleo juvenil na área da sensibilização e da prevenção. O Pe. Armando Esteves dá conta ainda de que entre os próximos objectivos do CAV está a criação de um gabinete de terapia e mediação familiar e promoção de formação para famílias de acolhimento.

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