Diocese de Viseu anseia pelo novo bispo

A função simbólica do bispo “continua em acção” por isso “não podemos dizer que nos sentimos órfãos” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. José Cardoso, responsável pelo 2º e 3º ciclo do Secretariado da Educação Cristã da diocese de Viseu, a propósito do estado de saúde de D. António Monteiro, bispo de Viseu, que o impossibilita de participar em muitas acções diocesanas. Apesar de sentir a presença do pastor, o Pe. José Cardoso sublinha que falta “a dimensão pastoral do bispo” e a consequente “presença concreta junto do rebanho”. A diocese “sente a ausência do bispo” – refere a irmã Alice Santos, das Religiosas do Coração de Maria. Os cristãos de Viseu – segundo o mesmo sacerdote – comunicam entre si sobre “a necessidade de um novo bispo” visto que “acompanham esta luta contra a doença que tem feito D. António Monteiro”. As carências existem apesar no nosso pastor “resistir com muito entusiasmo”. No fundo, os cristãos daquele território eclesial reconhecem que na “prática seria preciso alguém que traduzisse esta solicitude episcopal em acções concretas e numa presença mais constante” – afirma o Pe. José Cardoso. O perigo reside “no adormecimento da espera” – disse a irmã. Para combater este sono letárgico, a irmã Alice Santos menciona alguns tópicos: “gente que procura fazer algum eco e outros que vivem na expectativa”. Por sua vez, Monsenhor Sílvio Henriques, Vigário Geral da Diocese, sublinhou à Agência ECCLESIA que “tudo está a funcionar normalmente na diocese” apenas “não tem reunido o Conselho Pastoral Diocesano e só nos reunimos uma vez em Conselho Presbiteral”. As actividades “têm sido feitas” mas “a diocese sentiu a ausência do bispo e está ansiosa que seja nomeado novo bispo” – disse Mons. Sílvio Henriques. D. António Monteiro é natural de Fafe e recebeu a ordenação episcopal, na Sé de Viseu, a 11 de Outubro de 1987. No ano seguinte, 14 Setembro, tornou-se bispo residencial daquela diocese. Depois de um período de “grande fulgor”, a idade, completou 75 anos em Outubro passado, e a doença tiraram-lhe o dinamismo anterior mas os responsáveis dos vários serviços diocesanos “redobraram os esforços para colmatar esta dificuldade”. E exemplifica: “quando um jogador fica lesionado o resto do plantel procura compensar” – veiculou aquele responsável. O esforço do clero é notório mas há “uma dimensão pastoral que é especifica do bispo e é insubstituível”. Quem tem colmatado “um pouco este obstáculo” tem sido o Vigário Geral da diocese, Mons. Sílvio Henriques. De uma forma “hábil e discreta”, Mons. Sílvio Henriques tem celebrado o sacramento do Crisma e “resolvido os problemas do dia – à – dia”. Com esta situação – acrescenta o Pe. José Cardoso – a concretização Pastoral torna-se “mais difícil” porque “faz-se menos coisas”. Como o lado negativo também traz benefícios, este sacerdote refere que este tempo “trouxe um certo amadurecimento e crescimento espiritual”. Em relação ao sucessor de D. António Monteiro visto que este já pediu a resignação, o responsável pelo 2º e 3º ciclo daquele secretariado pede “alguém com alguma disponibilidade e com alguma força”. Para a irmã Alice Santos, o futuro bispo de Viseu encontrará “forças vivas fortes” mas “precisam de alguém que esteja muito atento e aberto”. Em traços gerais preferíamos “um bispo pastor” e com “sensibilidade pastoral” para congregar o rebanho. E finaliza o Pe. José Cardoso: “temos esperança que o novo bispo venha antes do Verão. A missa crismal seria, por exemplo, uma altura óptima para entrada do novo pastor”.

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