Diocese de Évora define estratégias para Património

Arquidiocese já dispõe de Gabinete de Arquitectura e Património Por decreto assinado pelo Arcebispo de Évora, D. José Alves, a 2 de Janeiro de 2009, foi criado o Gabinete de Arquitectura e Património, um serviço para toda a Arquidiocese de Évora. O Gabinete tem por missão assumir e coordenar os procedimentos decorrentes de qualquer intervenção de alteração, ampliação, remodelação, recuperação, restauro no património arquitectónico da Arquidiocese de Évora destinados ao culto e actividade sócio-caritativa, bem como, elaborar, acompanhar, promover projectos de construção nova no que diz respeito à missão da Igreja diocesana. Trata-se de um serviço técnico e especializado da Arquidiocese de Évora, na área da arquitectura e do património, exclusivamente para responder às necessidades nestes domínio. Naquele decreto, D. José Alves nomeou a Arquitecta Estela Safara Cameirão como responsável daquele gabinete. Em declarações à “a defesa”, a responsável sublinha que “o Gabinete de Arquitectura e Património da Diocese de Évora está ao serviço de todas as comunidades cristãs da diocese, paróquias e instituições eclesiásticas, e pretende colaborar com todas as instituições públicas e privadas na protecção, conservação, restauro, utilização ou fruição do Património que é de todos”, adiantando que “já está sedeado em Évora, na rua da Misericórdia, nas instalações da Cara Soure”. Estratégias para o Património Uma das primeiras acções daquele Gabinete foi a participação na segunda edição do Fórum Cultura e Criatividade, promovido pela Agência INOVA (Arte, cultura e indústrias criativas), decorrido na EXPONOR (Feira Internacional do Porto), entre os dias 4 a 8 de Fevereiro passados. Naquele Fórum inseriu-se o primeiro Salão Internacional dos Museus e do Património que constou de uma componente expositiva e oficinas demonstrativas, e de uma programação paralela constituída por 6 conferências dedicadas ao tema: “2009-2013: Estratégias para o Património”. Um olhar mais atento sobre o Património Cultural em Portugal, na perspectiva da sua interacção com a sociedade, e um espaço de reflexão e debate, sublinhou que estamos perante um momento particularmente importante que se caracteriza, globalmente, pela existência de transformações profundas em curso e pela consciencialização de que este sector se encontra perante redobrados desafios. Como estratégicas apontadas surgem o que já é conhecido de todos: a conservação preventiva, a valorização e dinamização, a cooperação entre instituições, a elaboração de projectos que garantam sustentabilidade. Foi manifesta a intenção de uma maior cooperação por parte das entidades presentes: IMC – Instituto dos Museus e Conservação, IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, ICOM – International Council of Museums, DGARQ – Direcção Geral de Arquivos, representações de várias escolas superiores, de museus nacionais e regionais, associações profissionais na área da arquitectura e dos museus, Dioceses e departamentos diocesanos, sobretudo no que respeita a estabelecer parcerias e a fortalecer candidaturas, que se pretendem concertadas e conjuntas no âmbito do QREN, a fonte financeira actual onde poderemos ir encontrar alguma resposta neste nível. Neste sentido, explica a arquitecta Estela Safara Cameirão que “há muito a fazer na Arquidiocese de Évora, empreender novos diálogos (sem constrangimentos), entre a Igreja, a Direcção Regional da Cultura, as Câmaras Municipais, o Turismo, a Universidade e particulares, a fim de ganharmos todos no desenvolvimento cultural do nosso território”, adiantando que a “intervenção no Património é uma profunda contradição, pois organismos que deviam trabalhar juntos trabalham sozinhos. O que faz do actual momento de crise uma enorme oportunidade criativa para passar do conjunto de boas intenções à prática: tem de haver uma acção mais sistematizada e circunstanciada”. “Outra estratégia para o Património é o fomentar a investigação e promover o seu estudo, com o apoio da atribuição de bolsas de algumas fundações presentes no nosso território que empreendem acções neste sentido”, afirma, acrescentando que “sem dúvida, que outro grande desafio é fazer passar que a cultura é um factor estratégico de desenvolvimento, nomeadamente o Património, que não é só o Classificado, mas também o Não Classificado, que tem uma relevância igual ou maior que o outro”. Naquele Fórum, o Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu sublinhou a importância de a própria Igreja descobrir o seu Património, e esta mostrar-se aberta a colocá-lo ao serviço, além da sua missão prioritária, a pastoral, numa vertente cultural e turística.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top