Diocese de Coimbra assinala bodas de ouro sacerdotais de D. Albino Cleto

Bispo diz que «padre de hoje não é aquela figura que brilhava na sombra da cultura ambiente»

A Diocese de Coimbra assinalou no passado Domingo, na Sé Nova, os cinquenta anos de sacerdócio de D. Albino Cleto com uma missa de acção de graças. Uma centena de sacerdotes concelebraram a Eucaristia.

O Bispo Emérito de Coimbra D. João Alves e o Bispo Auxiliar do Porto D. João Lavrador, também participaram na cerimónia. Grande parte das paróquias e instituições ligadas à Igreja estiveram representadas. Uma vez mais, a Sé, tornou-se pequena para afluência registada nesse dia.

D. Albino Cleto cumpriu no passado dia 15 de Agosto os cinquenta anos de sacerdócio, contudo, dado a coincidência com o período de férias, não foi possível assinalar este momento, informou o Vigário Geral da Diocese de Coimbra, Monsenhor Leal Pedrosa.

Nesta cerimónia, também participaram os padres da Diocese de Coimbra, que comemoraram, também em 2009, as bodas de ouro sacerdotais. O Bispo de Coimbra começou por agradecer a presença de todos nesta cerimónia. “Agradeço-vos irmãos a presença de todos vós nesta acção de graças”, afirmou o prelado, destacando a coincidência desta comemoração num ano em que o Santo Padre o dedicou ao sacerdócio.

Ao fazer referência à liturgia do dia, destacando a figura de Jesus Cristo, D. Albino referiu que é “Nele que encontramos o modelo sacerdotal. O filho do Homem não veio para ser servido, mas sim, para servir, dando a própria vida. Também nós padres queremos servir”.

“Todos nós sabemos que o padre de hoje não é aquela figura que brilhava na sombra da cultura ambiente, nem é espelho sagrado de uma sociedade crente”, realçou o Bispo de Coimbra perante uma Sé cheia de fiéis.

D. Albino Cleto ao dirigir-se aos sacerdotes presentes, reconheceu que “há erros e tentações onde podemos cair”. “Com tantas tarefas que um padre tem que desempenhar, caímos na tentação de sermos cumpridores de serviços, quase, desculpem-me a expressão: funcionários”, afirmou.

O Bispo de Coimbra pediu aos seus sacerdotes “maior disponibilidade para sempre acolher aqueles que vos procuram e precisam, (mesmo sem eles saberem aquilo que procuram). D. Albino Cleto reconhece que é uma missão dolorosa porque o “modo como devemos servir é hoje um sacrifício que o padre sofre”, reconhecendo que, “aqueles que há 50 anos fomos chamados, sentimos a confiança nas respostas que hoje temos de dar”, para, de seguida, assegurar que “uma coisa não mudou: o amor daquele que nos chamou”.

Ao dirigir-se aos seminaristas, pediu-lhes para confiarem Nele. “Dai-vos sem medo a Cristo que é de ontem, hoje, amanhã e sempre”, afirmou. “Acreditai em nós padres, quando dizemos, que há mais alegria em dar do que em receber”.

Por fim, D. Albino dirigiu-se à assembleia pedindo mais vocações para a Igreja, sobretudo no dia em que a Igreja universal celebrou as Missões. Sobre esta temática, D. Albino Cleto reconheceu que há ainda muitos povos que não conhecem o Evangelho enquanto outros dão grandes exemplos de fidelidade à fé. “Muitos dos missionários, são nossos irmãos no sacerdote. Muitos partem para realizar a aventura do Evangelho” disse, ao pedir mais orações por eles.

 

Miguel Cotrim/Amicor

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