Dimensão cultural e estética da nova evangelização

D. Manuel Clemente avalia a sessão do ICNE, em Bruxelas “Este Congresso tem deixado um dinamismo pelos locais onde tem passado. Foi assim em Viena, Paris, é assim em Lisboa porque já lá vai um ano mas as paróquias continuam a fazer a mesma forma de evangelização, porque lhe ganharam o gosto”. A afirmação é de D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa, que agora participa na quarta sessão do Congresso Internacional para a Nova Evangelização. E essa nova forma de evangelizar é “o melhor fruto do Congresso”. As sessões têm-se centrado no que considera ser o essencial: a evangelização na sua novidade de hoje. “O evangelho foi proclamado há 2000 anos por Jesus Cristo. Mas na cidade de hoje, temos de mostrar uma palavra mais vivida, uma caridade mais acentuada que faça com que a cidade se encontre mais à volta destes valores”. “Toda a espontaneidade dos cristãos deve aparecer, deve ser conhecida e concretizada”. D. Manuel Clemente sublinha também que temas como o louvor divino, a oração, a espiritualidade, “onde a pessoa possa encontrar não só uma profundidade mas também um escoamento para o que lhe vai no coração”, devem ser transmitidos. Esta sessão tem, segundo o Bispo auxiliar de Lisboa, valorizado a dimensão estética. “Também a cultura mostra à sociedade como o cristianismo pode inspirar a vida”. O Cardeal Danneels acredita que a via da arte e da beleza são fundamentais para o Cristianismo. Segundo D. Manuel Clemente “talvez tenhamos insistido muito no aspecto ético do cristianismo e continuaremos a insistir. Mas, em Jesus Cristo, também se encontra o mais belo da humanidade”, afirma. “A beleza da verdade cristã, hoje, precisa de ser acentuada.” A poesia, a literatura, a música pode ser um grande contributo para o Cristianismo. “Nós como Igreja devemos contribuir para isso”, sublinha. Todo o Congresso é preparado por uma organização internacional, onde se encontram representantes das cinco dioceses, “havendo uma metodologia muito igual entre todos as sessões”. As conferências andam à volta das grandes temáticas do Cristianismo, muitos ateliers de partilhas de experiências, tanto espirituais como sociais, e manifestações públicas. A valorização da dimensão cultural e da estética, nesta sessão de Bruxelas, deve-se – esclarece D. Manuel Clemente – “muito à personalidade do cardeal Danneels”.

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