Defendeu esta manhã, em Fátima o Pe. José Antunes nas Jornadas Missionárias. Nos tempos em que se verifica a existência de um “supermercado religioso” que diálogo inter-religioso, 40 anos depois do Vaticano II? O padre verbita José Antunes da Silva considera que o “diálogo inter-religioso não é moda” nem “táctica nova para falar de Jesus ou sobreviver neste mundo”. Lembrando as palavras de João Paulo II, assinalou que se trata de uma exigência do Espírito Santo. E as três atitudes fundamentais para o diálogo inter-religioso são o respeito pelo outro, a fidelidade à própria fé e a abertura à verdade, salientou o conferencista, durante os trabalhos da manhã de hoje (16 de Setembro), das Jornadas Missionárias que decorrem até 17 de Setembro, em Fátima. O Pe. Antunes da Silva assinalou que o “diálogo inter-religioso faz parte da missão. Não é opcional. Não é tarefa de especialistas e tem de começar na aceitação mútua ”. O que significa “proclamar sem impor” a nossa religião ao outro e “dialogar sem renunciar ao que somos”, isto é cristãos. O diálogo – defendeu – é o único caminho para a Paz, para a conversão e para anunciar Jesus Cristo o Deus da Paz”. Também esta manhã, o bispo da Guarda, D. Manuel Felício defendeu que a Nova Evangelização ou Re-evangelização exige “nova linguagem, novo entusiasmo e nova metodologia”. A Missão, frisou, perante as cinco centenas de participantes é sempre “Ad gentes”. Isso “nunca pode ser esquecido mesmo em nome da Nova Evangelização”. Outra das conclusões desta comunicação é que “o futuro das comunidades cristãs (igreja adulta e formada) depende da coragem com que ofereçam ao mundo os valores de Deus”. Entre a urgência e a desmotivação, encontra-se a Missão “ad gentes”, hoje. Na conferência, Manuel Felício, aponta duas grandes causas para esta desmotivação, ou “afrouxamento”, como lhe chamou João Paulo II, à Missão ad gentes. E essas causas podem ser internas e dizem respeito à vida interna da Igreja: medo de fazer opções definitivas, arrefecimento de fé. O prelado salienta que esta última, a diminuição das manifestações de fé seja o maior factor desta “desmotivação”. No entanto, “o diálogo inter-religioso não deve substituir o anúncio”, assinalou frisando que “vivemos numa certa acomodação”. Da ordem das causas externas, que dizem respeito ao contexto social em que estamos inseridos, D. Manuel Felício assinalou o facto de dois terços da população mundial não conhecer a Cristo e a “dificuldade de inculturar o Cristianismo nas tradições”. Motivos suficientes para a “urgência” do anúncio, salientou. Na tarde de hoje haverá um painel: ‘A Missão no coração da Igreja local’, seguido de uma conferência de João Duque: ‘O desafio permanente da Evangelização das Culturas’. A noite será preenchida por um convívio missionário. No domingo, Cátia Vieira, da FEC, falará da ‘Missão e os espaços de solidariedade’. Laurinda Alves, jornalista, abordará o tema das ‘Novas fronteiras da Missão’. A tarde será preenchida com um painel sobre ‘Os Leigos e a Missão’. A Eucaristia, presidida por D. Manuel Quintas, Presidente da Comissão Episcopal de Missões e a apresentação das Conclusões encerram as Jornadas. Notícias relacionadas • A indiferença: o mais grave pecado da sociedade • Combater a desmotivação missionária na Europa