É necessário promover um “diálogo inteligente” entre a Igreja e o Estado nas negociações das chamadas questões fracturantes, diz o presidente do conselho de gerência do Grupo Renascença.
A posição foi defendida pelo Cón. João Aguiar, esta Quinta-feira, no encerramento da 19ª edição da Semana de Estudos Teológicos de Viana do Castelo, um encontro centrado na relação entre a República e a Igreja.
Depois da crispação provocada por cinco anos de atrasos na regulamentação da Concordata, o Cónego João Aguiar espera que a poeira comece a assentar e sublinha que já foram dados passos para que “alguma pacificação possa acontecer”.
“Falta saber é se o próprio aperto político em que, às vezes, o partido do poder está vai ou não facilitar a que seja inteligente no seu diálogo ou, pressionado por visões mais extremistas, vai querer encurralar numa visão puramente laicistas a Igreja para as sacristias”, refere.
O presidente do conselho de gerência do Grupo Renascença recomenda abertura e inteligência no debate.
Para que este diálogo seja “profundo e tecnicamente virtuoso”, o Cónego João Aguiar sugere que a Conferência Episcopal Portuguesa, nas suas diversas comissões, seja “devidamente assessorada por técnicos e por leigos”.
RR