Diálogo entre religiões contra o terrorismo

O diálogo entre religiões é o caminho para a paz e a arma para combater o desafio do terrorismo. Esta é a convicção do Cardeal Paul Poupard, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso (CPDIR), manifestada no XIII seminário mundial dos capelães católicos e membros das capelanias da aviação civil, que decorre em Roma. Para este responsável, o terrorismo tornou-se “um dos males mais angustiantes e absurdos do nosso tempo”, lembrando que o combate a este flagelo, que utiliza meios violentos contra inocentes, “coloca questões ético-religiosas profundas, como a necessidade de conciliar esta luta com a dignidade humana e os direitos inalienáveis da pessoa”. Depois dos atentados do 11 de Setembro, nos EUA, as relações entre cristãos e muçulmanos estão sujeitas a “preocupações e factores de risco”, referiu o Cardeal Poupard. Os aeroportos são um local “óbvio” para o diálogo entre crentes, mas para o presidente do CPDIR é importante que se evitem confusões, não oferecendo as capelas católicas para as orações muçulmanas. Nesse sentido, o Cardeal francês sugeriu a criação de espaços de “meditação”, que possam ser usados por qualquer grupo religioso. As capelas cristãs, por outro lado, devem manter o seu carácter de “local de culto cristão”. Os capelães dos aeroportos, locais em que o medo do terrorismo é elevado, devem “encorajar ao diálogo e prevenir o medo e o pessimismo”.

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