O diálogo da Igreja com a cultura ganhou relevância com a visita de Bento XVI a Portugal, depois do discurso proferido pelo Papa no Centro Cultural de Belém, mas Maria João Avillez recorda que essa relação vem de sempre.
No fim da sessão de apresentação do livro “Diálogos em tempo de escombros”, de D. Manuel Clemente e José Manuel Fernandes, que ocorreu em Lisboa na semana passada, a jornalista admitiu que a relação da Igreja com a cultura tem sido feita “de altos e baixos”, e que é preciso manter a relação com os artistas “a quem Deus dá o dom da criatividade”.
Já Henrique Raposo diz que são precisos mais encontros entre pessoas que têm posicionamentos diferenciados em relação à religião.
“Há um paradoxo entre dizer-se que a sociedade tem de ser aberta mas depois a religião tem de ser quase clandestina”, afirma o colunista do semanário “Expresso”.
O analista defende que é preciso haver “mais bispos a comunicar com a sociedade civil”. A Igreja, acrescenta, precisa de “sair do seu pedestal e vir para a rua”.
Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura