Diálogo caracteriza pontificado de Bento XVI

O Bispo auxiliar de Braga, D. António Francisco dos Santos, salientou ontem «o modo afável, simples e sereno de acolher» de Bento XVI. Na Eucaristia evocativa do primeiro aniversário da eleição pontifícia do Papa alemão, celebrada na Sé Catedral, o prelado bracarense lembrou o seu recente encontro com o Santo Padre, sublinhando a sua capacidade «de dialogar e de sentir a vida, os dons e as dores de cada pessoa, de cada família, da humanidade e da Igreja». «Queremos louvar o Senhor, nosso Deus, por este primeiro ano de serviço pastoral do Papa Bento XVI. Ele é um dom oferecido pelo Espírito à Igreja, neste limiar do novo século e do terceiro milénio», começou por dizer o prelado bracarense, que, depois de contextualizar o seu discurso na Oitava da Páscoa em curso lembrou as primeiras palavras proferidas pelo actual Pontífice há um ano, que se auto-denominou como um «trabalhador humilde da vinha do Senhor». Assim, «Bento XVI tem-nos ensinado, de forma discreta e de modo exemplar, que só o caminho da humildade conduz a Deus», disse D. António Francisco dos Santos, que expressou a sua «alegria pessoal e o gosto espiritual de ter sido recebido pelo Santo Padre Bento XVI e de ter concelebrado com ele, em Roma, a Eucaristia da Solenidade da Imaculada Conceição, no passado dia 8 de Dezembro, aniversário da sua ordenação sacerdotal». Por isso e de forma simples e directa, o Bispo auxiliar de Braga disse ter gravado «esse seu modo afável, simples e sereno de acolher, de dialogar e de sentir a vida, os dons e as dores de cada pessoa, de cada família, da humanidade e da Igreja». «A sua primeira encíclica, publicada a 25 de Janeiro de 2006, dia litúrgico da conversão de São Paulo, traz-nos a frescura de pensamento e a originalidade da linguagem e de conteúdo. Aí nos revela a sua leitura atenta e lúcida da filologia, da filosofia e da teologia e o seu olhar sempre perspicaz para o que é essencial: Deus é amor. Aí nos ensina também que o cristianismo se afirma e comprova pela bondade, beleza e verdade da sua concretização», sustentou o prelado, acrescentando que Bento XVI expressa «a fé inquebrantável e inabalável de quem acredita no amor de Deus e sabe que só “quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele”». «Esta é “a opção fundamental da sua vida”. Vida desde sempre oferecida à Igreja, para que a Igreja faça desta opção a raíz e o fundamento da sua missão a sua apologia e o seu programa », concluiu.

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