Dia Nacional da Cáritas pela igualdade de oportunidades

O Dia Nacional da Cáritas, este ano dedicado à questão da ingualdade de oportuidades, vai ser assinalado na Diocese de Leiria-Fátima com um conjunto de iniciativas a iniciar já a partir do dia 3, com a visita às 14 famílias vítimas dos incêndios que no ano passado receberam as chaves das suas novas habitações. No dia 4 de Março, às 14h45, realiza-se o X Encontro da Família Cáritas, no Centro Paroquial Paulo VI, em Leiria. Aberto a todos os grupos paroquiais, voluntários e outros colaboradores e amigos, o encontro contará com uma conferência subordinada ao tema “ Se me dessem oportunidade, eu seria alguém”. Para falar sobre a questão, escolhida a partir do lema deste ano “ Pela dignidade, igual oportunidade”, estará presente Luís Inácio João, assistente da Caritas. D. António Marto, bispo da diocese Leiria-Fátima, fará a bênção final do encontro. No dia 6, das 09h30 às 13h00, realiza-se uma colheita de sangue, na sede dos Bombeiros Municipais de Leiria. Dois dias depois,a 8 de Março, tem início o peditório a favor dos mais pobres, que se estenderá até ao 11 de Março. Esta acção será levada a cabo pelos voluntários da Cáritas, devidamente autorizados e identificados. Identidade e Missão A Cáritas, muitas pessoas conhecem-na, sobretudo, através da acção que desenvolve no apoio às vítimas das grandes catástrofes. E não sem motivo. O caso mais recente a trazer para a Cáritas maior visibilidade mediática, foi, seguramente, a mobilização dos portugueses para a ajuda às vítimas dos incêndios de 2005, com particular incidência na área da diocese de Leiria-Fátima. Permanecem muito vivos na memória de todos, tanto o volume como a qualidade dos apoios conseguidos. Mas é apenas um exemplo, porque a acção da Cáritas em Portugal ou no mundo, não se esgota nas ajudas que mobiliza por ocasião das grandes catástrofes, nem está confinada a uma circunstância ou lugar. A Cáritas é também escola de valores que educa e forma para a responsabilidade e para a justiça social, promove a consciência individual e colectiva dos problemas sociais, desperta para a solidariedade fundamental que une todas as pessoas e povos da terra. Nenhuma causa lhe é estranha, quando está em causa a dignidade humana mutilada ou gravemente ferida. O lema que escolheu para o seu dia anual, neste ano a 11 de Março, “ pela dignidade, igual oportunidade ”, deixa perceber como se alargam à dimensão do homem os horizontes da missão da Caritas. A dignidade humana comum é o princípio impulsionador dos dinamismos de transformação necessários, para que ninguém seja excluído ou posto à margem, e a todos e cada um dos seres humanos assista a oportunidade do pão, da cultura e da paz. È também a raiz e fundamento da solidariedade entre todos os homens e povos da terra, em que se assentam os alicerces de uma convivência fraterna e pacífica. A dignidade humana é, para a Cáritas, a sua causa maior, seja nos momentos mais trágicos, como nos silêncios da vida quotidiana. A solidariedade e a partilha de bens ou de saberes para ajuda aos mais afectados e empobrecidos na sua dignidade, são valores determinantes que marcam o ritmo das preocupações da Cáritas. Ela é, em Leiria, sobretudo, um espaço de voluntariado e de gratuidade, já que não pesa um cêntimo no orçamento do Estado. Por isso, onde uns dão o tempo e capacidades, ou se organizam para acções de voluntariado social, outros são convidados a depositar o fruto da sua partilha, consciente e generosa. Por isso, o Dia Cáritas evoca também a partilha de bens como expressão de solidariedade responsável ou de caridade cristã. As acções que a Cáritas de Leiria preparou para estes dias, seja a dádiva de sangue no dia 6, o chamado peditório publico durante a semana, ou o ofertório nas Eucaristias do dia 11, são apenas expressões diferentes do mesmo descentramento dos interesses próprios e de abertura às necessidades de outros. Que a desejável participação em qualquer destes actos seja resposta, consciente e livre, vinda de quem abre o coração à alegria de repartir. Dar do que sobra ou mesmo faz falta, para que a outros não falte tanto, é, para uns, resposta ao mandamento do amor; mas constitui, para todos, atitude de elevada cidadania, própria dos que se reconhecem cidadãos do mundo, solidários numa origem e destino comuns, filhos do mesmo Pai. Na ocasião em que esta proposta anual é levada ao interior dos templos, como para as praças das nossas vilas e cidades, agradecemos vivamente o acolhimento generoso e compreensivo com que são recebidos as(os) nossas(os) voluntárias(os), bem como o gesto de partilha que a caridade ou a responsabilidade cívica de cada um, quiser confiar-lhes. Cáritas Diocesana de Leiria Ambrósio J. Santos – Presidente

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