D. Américo Aguiar refere que na diocese «tantas famílias carregam fragilidades profundas», e agradece o trabalho «silencioso» de quem as apoia

Foto: Agência ECCLESIA/OC
Setúbal, 14 nov 2025 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal assinala que muitas “famílias carregam fragilidades profundas” nesta diocese, e incentiva a “enfrentar as causas estruturais da pobreza”, na mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, que a Igreja Católica celebra domingo, 16 de novembro.
“Na Diocese de Setúbal, onde tantas famílias carregam fragilidades profundas, agradeço o trabalho silencioso de tantos agentes pastorais, instituições e voluntários que servem com criatividade e amor, quem mais precisa”, escreve o cardeal D. Américo Aguiar, na mensagem enviada, esta sexta-feira, dia 14 de novembro, à Agência ECCLESIA.
A Igreja Católica vai celebrar o 9.º Dia Mundial dos Pobres, este domingo, dia 16 de novembro, e o bispo de Setúbal convida a diocese a unir-se ao Papa, Leão XIV que recorda que “a esperança nasce muitas vezes no coração ferido daqueles que sofrem”.
“A nossa missão é oferecer não só todo o apoio material que nos for possível, mas também a amizade do Senhor, a sua Palavra e a vida da comunidade, local onde tudo o que o Senhor nos pede, se pode e deve vivenciar”, acrescenta D. Américo Aguiar, destacando que “as palavras de muitos pobres” são as do Salmo 75: “Tu és a minha esperança, ó Senhor Deus”

O bispo sadino explica que a esperança cristã “é como uma âncora que fixa o coração na promessa de Cristo”, citando a mensagem de Leão XIV para o Dia Mundial dos Pobres 2025, e abre “caminhos de caridade”, que é “o maior mandamento social” (CIC – Catecismo da Igreja Católica 1889).
“Esta caridade exige enfrentar as causas estruturais da pobreza e construir sinais concretos de esperança: o trabalho que nos dignifica enquanto pessoas, a educação que deve ser acessível a todos, a habitação justa, a saúde para todos”, desenvolveu.
D. Américo Aguiar pede que não se deixem “abater por parecer impossível alcançar todas estas metas”, mas que sejam capazes de as defender, “certos de que o Reino dos Céus se constrói no aqui e no agora, com as suas limitações mas também com as possibilidades que possam surgir”.
Leão XIV, na sua mensagem, deseja que este Ano Jubilar possa “incentivar o desenvolvimento de políticas de combate às antigas e novas formas de pobreza”, além de novas iniciativas de apoio e ajuda aos mais pobres entre os pobres, e afirma que o “trabalho, educação, habitação e saúde são condições para uma segurança que jamais se alcançará com as armas”.
“Os pobres não são objetos da pastoral, mas sujeitos criativos”, afirma o Papa, e D. Américo Aguiar acrescenta: “caminham connosco e evangelizam-nos, revelando-nos a força e a beleza do amor ao próximo, gratuito e generoso”.
O Dia Mundial dos Pobres foi instituído na Igreja Católica com a carta apostólica ‘Misericórdia e mísera’, que foi publicada no encerramento do Jubileu da Misericórdia (2016), e foi celebrado pela primeira vez no ano seguinte; o Papa Francisco almoçou com 1500 pessoas, nesse dia 19 de novembro de 2017.
O Dia Mundial dos Pobres 2025, na sua nona edição, insere-se nas celebrações do Jubileu dos Pobres do Ano Santo 2025, entre esta sexta-feira e domingo, de 14 a 16 de novembro.
CB/OC
