Dia Mundial do Doente: Bispo do Funchal lembrou a necessidade da cura da «lepra do pecado»

D. Nuno Brás presidiu à Missa na Paróquia da Nazaré

Funchal, 11 fev 2024 (Ecclesia) – O bispo do Funchal afirmou hoje na homilia da Missa do Dia Mundial do Doente que, nos milagres de Jesus, a cura da doença física era sinal da cura da “lepra do pecado”.

“A cura da doença física era sinal da cura daquela outra doença, bem mais mortal, a que muito autores, por isso mesmo, chamaram “a lepra do pecado”, uma vez que os efeitos do pecado se assemelham em tantas características aos da lepra física”, afirmou D. Nuno Brás.

Comentando o texto do Evangelho que narra a cura de um leproso por Jesus, o bispo do Funchal lembrou que o pecado desfigura e afasta da vida para “corromper interiormente”

“Com efeito, afastando-nos de Deus, cortando a nossa relação com Ele, o pecado desfigura-nos, afasta-nos dos outros a quem ofendemos; afasta-nos de todo o criado, que devemos proteger; afasta-nos até de nós mesmos, da nossa vocação, do que somos, do que queremos ser, do que realiza a nossa verdade”, afirmou.

“Ao estender a mão ao leproso e ao tocar-lhe; ao dirigir-lhe a palavra e ao expressar a vontade divina da cura, Jesus oferece a vida nova àquele homem, reintegrando-o não apenas no tecido social, na comunidade humana, como também (e sobretudo) na comunidade dos crentes”

A Igreja Católica assinala no dia 11 de fevereiro de cada ano o Dia Mundial do Doente, celebrado pelo bispo do Funchal com uma Missa na Paróquia da Nazaré.

D. Nuno Brás referiu-se à mensagem do Papa para o Dia Mundial do Doente, sublinhando a necessidade de oferecer ao doente a “proximidade, impedindo que viva e sinta a solidão (que sempre marca o estado de doença) e a fragilidade que lhe está associada”.

“O projeto para a humanidade, como recorda o Santo Padre, não consiste na salvação de homens e mulheres tomados isoladamente, mas na salvação de seres humanos que vivem em povo, em comunhão, em solidariedade uns com os outros”, disse o bispo do Funchal.

Na mensagem para o Dia Mundial do Doente, o Papa refere-se à experiência da solidão como “dolorosa e até desumana” e afirma que a guerra é “a mais terrível das doenças”.

 “Associo-me, pesaroso, à condição de sofrimento e solidão de quantos, por causa da guerra e suas trágicas consequências, se encontram sem apoio nem assistência: a guerra é a mais terrível das doenças sociais e as pessoas mais frágeis pagam-lhe o preço mais alto”, afirma o Papa.

O 32ºDia Mundial do Doente é celebrado pela Igreja Católica a 11 de fevereiro, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, e na mensagem para este ano, o Papa escolheu como tema “Não é conveniente que o homem esteja só”.

PR

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Agência ECCLESIA

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