“Os doentes na paróquia uma prioridade” – é a proposta fulcral para o próximo Dia Mundial do Doente, a celebrar dia 11 de Fevereiro. Um acontecimento instituído por João Paulo II em 1993, e ligado a uma peregrinação efectuada a um Santuário Mariano, de modo a sublinhar a intervenção de Maria como medianeira de quem se vê confrontado com a doença e o sofrimento. Assim aconteceu em Lourdes, Czestochova, Guadalupe, Fátima, Loreto e tantos outros santuários. Uma Iniciativa louvável mas de reduzido impacte ou mais uma manifestação de proselitismo católico, ou talvez uma colagem ao inquietante problema que a saúde hoje representa em todo o mundo? Ou uma oportunidade para João Paulo II difundir uma mensagem sobre a dor, a doença e a morte? Em relação ao mundo da saúde, a Igreja nada mais faz que não seja declarar-se fiel ao seu mandato e natureza, como têm afirmado os pontífices deste século, “particularmente Pio XII e João Paulo II, que de forma contínua intervêm nesta área, definindo princípios éticos e morais, criando organismos como o Conselho Pontifício para a Saúde ou a Academia para a Vida, apoiando o trabalho das religiosas e religiosos que se dedicam aos doentes, acarinhando a actividade das organizações de leigos profissionais de saúde e encorajando todos os esforços para diminuir a carga da doença” – realçou Walter Osswald. Um trabalho árduo que desafia “a boa vontade de quantos lutam por um mundo mais saudável” – afirma o Irmão Nuno Filipe, da Ordem Hospitaleira. E adianta: “o progresso de um povo tem uma referência relevante no cuidado que presta aos seus doentes, a começar pelos cuidados primários de saúde em que se procura prevenir as doenças”. Apoiada na ideia base da mensagem deste ano, a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde propõe “criar ou revitalizar o serviço de doentes nas comunidades paroquiais”; “Redescobrir a importância da visita domiciliar” e “Introduzir na vida da Paróquia a relação habitual com o Hospital da zona geográfica”. Propostas que ajudarão a celebrar o Dia Mundial do Doente, que na opinião de Walter Osswald, era importante “que cada dia seja o dia mundial do doente”.